"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14838

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Karen Braathen de Carvalho
Orientador CYNTHIA CANEDO DA SILVA
Outros membros Ana Paula Assad de Carvalho, Larissa Quartaroli
Título Efeitos da salinidade sobre a remoção de carbono e produção de sólidos em águas de produção de petróleo
Resumo Considerando a realidade da exploração da camada pré-sal no Brasil, o tratamento de efluentes salinos se torna importante para fomentar a sustentabilidade do processo, em especial no tratamento do efluente gerado na extração do petróleo. O carbono, quantificado indiretamente por meio da Demanda Química de Oxigênio (DQO), é um dos componentes monitorados nesse efluente, pois seu valor no momento do descarte deve atender o disposto nas normas vigentes (CONAMA 430/11). O tratamento biológico é frequentemente empregado para remoção de DQO, com excelentes resultados. Entretanto, o aumento da salinidade ocasionada pela extração no pré-sal inibe os processos biológicos necessários para remoção de poluentes, por ser um choque à microbiota que o realiza. Dessa forma, uma estratégia a ser testada seria a adaptação desses organismos à condições hipersalinas, para viabilizar o tratamento do efluente gerado nessa nova forma de exploração. O presente trabalho objetivou adaptar a microbiota aos reatores de bancada à condição de salinidade (até 100 g NaCl.L-1), monitorando a remoção de DQO e a produção de sólidos no reator. Para tal, dividiu-se o experimento em duas etapas. Na primeira, foram montados dois reatores em batelada sequencial, e o objetivo foi atingir remoção de DQO satisfatória (acima de 60%) nas condições usuais. Na segunda etapa, foram adicionados semanalmente, 5 g.L-1 de NaCl no efluente de alimentação, ao longo de 9 semanas. O efluente e o lodo usado no inóculo foram provenientes de uma plataforma de extração de petróleo localizada na costa brasileira e possuíam salinidade inicial de 55 g NaCl.L-1. Em ambas etapas foi realizado o monitoramento diário de pH, condutividade, e temperatura e o monitoramento semanal de sólidos suspensos, sólidos suspensos voláteis e DQO. Os reatores atingiram remoção de DQO acima de 60% na primeira etapa, com produção de biomassa constante. Esse cenário não se manteve na segunda etapa, havendo um declínio na performance dos reatores à medida que se adicionou o sal. Observou-se um aumento no valor de sólidos suspensos totais, mas a produção de sólidos suspensos voláteis se mostrou relativamente constante. A eficiência de remoção de DQO, ao final do experimento, foi próxima a 40%, o que sugere a necessidade de mudanças operacionais ou tratamento complementar. A estratégia da adaptação gradual do sal foi insuficiente para atingir a eficiência de remoção de DQO desejada, mas evitou o colapso dos biorreatores.
Palavras-chave Água de produção de petróleo, remoção de carbono, alta salinidade
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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