"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14837

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Rita de Cassia Vieira Faria
Orientador ARTUR KANADANI CAMPOS
Outros membros Bárbara Cristina Félix Nogueira, FABYANO FONSECA E SILVA, Raul Santos Alves, REGGIANI VILELA GONCALVES
Título Alterações histopatológicas e oxidativas no local de fixação de Amblyomma sculptum em éguas
Resumo Amblyomma sculptum destaca-se entre os parasitas importantes para a equideocultura, sendo responsável por perdas econômicas devido aos danos causados à pele do hospedeiro e transmissão de patógenos. Devido a isso, avaliamos as alterações histopatológicas no local deste carrapato para encontrar variações que indiquem resistência e suscetibilidade entre as raças, com base na hipótese de que animais resistentes apresentam uma maior resposta inflamatória e menor número de carrapatos fixados. Foram selecionadas aleatoriamente 12 éguas (6 Mangalarga Marchador e 6 Breton Postier) da Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão de Equideocultura da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil, com aproximadamente 450 kg e 6 anos. Foram realizadas contagens dos carrapatos fixados no antímero esquerdo dos animais. Feridas de excisão de 10mm de diâmetro, foram feitas no local de fixação dos carrapatos fêmeas parcialmente ingurgitadas (MM e B) e em área livre de carrapatos (MMc e Bc). Para as análises histopatológicas, foram confeccionadas lâminas coradas com Hematoxilina e Eosina para observar celularidade e vasos sanguíneos, Sirius Red para diferenciar fibras colágenas sob microscopia de polarização e Azul de Toluidina para visualizar mastócitos. Para estresse oxidativo, foram analisados os seus produtos Malondialdeído (MDA), Proteína Carbonilada (PCN) e Óxido nítrico (ON), além das enzimas antioxidantes Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT), Glutationa-S-transferase (GST). Os dados foram analisados ao nível de significância de 5%, utilizando ANOVA de 2 fatores, seguido por teste t de Student ou teste de Mann-Whitney, de acordo com a normalidade observada no teste Shapiro-Wilk, além de Correlação de Pearson para células inflamatórias e carrapatos fixados. A proporção de células, infiltrado inflamatório, mastócitos, núcleos picnóticos e fibras colágenas do tipo I foram significativamente maiores em MM e B quando comparados com MMc e Bc. Entretanto, em relação à proporção de vasos sanguíneos, nenhuma alteração significativa foi observada. MDA, PCN, ON e CAT não apresentaram alterações significativas, enquanto que a SOD foi significativamente maior em B e a GST foi maior nas áreas livres de carrapatos. Os resultados indicam que a lesão causada pela fixação deste carrapato na pele de ambas as raças, gerou alterações histopatológicas importantes, como infiltrado inflamatório, e modificações nucleares como núcleos picnóticos com extensas áreas de fibrose, caracterizando necrose. O comportamento da SOD indicou que B teve menor dano tecidual devido a atividade oxidativa, enquanto a GST indicou a ocorrência de estresse oxidativo significativo e até mesmo um possível sequestro enzimático executado pelos carrapatos. Apesar de não observar resistência e suscetibilidade entre as raças estudadas, confirmamos a hipótese de que animais com maior resposta inflamatória têm menos carrapatos de A. sculptum fixados.
Palavras-chave Carrapatos, Estresse oxidativo, Inflamação
Forma de apresentação..... Painel
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