Resumo |
Na criação de frangos de corte, o milho e o farelo de soja são os principais alimentos utilizados nas formulações de dietas representando aproximadamente 65% dos custos totais de produção. No entanto, vale ressaltar que a presença de fatores antinutricionais, como ácido fítico e polissacarídeos não amiláceos (PNA’s), reduzem a absorção intestinal dos nutrientes presentes na dieta. Uma alternativa a esses problemas é a utilização de enzimas exógenas, dentre elas, destaca-se a fitase devido à sua bioeficácia em melhorar a disponibilidade do fósforo e de outros nutrientes que não seriam utilizados pelas aves. Objetivou-se avaliar a combinação de diferentes enzimas nas dietas para frangos de corte sobre os valores de energia metabolizável. O experimento foi realizado na UEPE em Produção e Nutrição de aves do Departamento de Zootecnia, UFV. Foram utilizados 336 pintos de corte machos da linhagem Cobb 500, no período de 14 a 23 dias de idade. No período de 01 a 13 dias, as aves foram criadas em galpão de alvenaria e aos 14 dias de idade foram pesadas e transferidas para gaiolas metálicas equipadas com bebedouro tipo nipple e comedouro tipo calha, nos quais as aves receberam água e ração ad libitum. Os animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2X3, sendo dois níveis nutricionais com redução de diferentes concentrações de Cálcio (Ca), Fósforo (P) e Proteína Bruta (PB) das dietas controle negativo, e três suplementações de enzimas exógenas (sem suplementação, suplementação de fitase1+protease1, suplementação de fitase2+protease2) e um tratamento adicional-controle positivo (CP), atendendo às exigências de Ca, P e PB dos animais de acordo com Rostagno et al. (2017). Totalizando 7 tratamentos, com 8 repetições e 6 aves por unidade experimental. O período experimental foi de dez dias, sendo cinco para adaptação dos animais às condições experimentais e cinco para coleta total de excretas que foi realizada diariamente nos períodos da manhã e tarde. Após o término do período experimental, foram realizadas análises químicas para cálculo final dos parâmetros avaliados. Todos os dados foram submetidos a uma ANOVA e as médias comparadas pelo teste SNK a 5% de significância, foi realizado também o teste de DUNNETT a 5% de significância para comparar o CP com os demais tratamentos. Ouve diferença (P<0,05) nos parâmetros balanço de nitrogênio (BN) e nitrogênio retido (NR), onde as aves do tratamento fitase2+protease2 apresentaram maiores valores. As aves dos tratamentos com ambas as enzimas apresentaram valores semelhantes (P>0,05) ao CP para todos os parâmetros avaliados, exceto para energia metabolizável aparente (EAMn), em que os valores foram superiores (P<0,05). Portanto, pode-se concluir que as enzimas fitase2+protease2 foram capazes de atender os níveis nutricionais (Ca, P e PB) reduzidos das dietas experimentais e podem ser utilizadas em dietas para frangos de corte com redução nutricional. |