"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14789

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Sabrina Silva de Oliveira
Orientador SILVIA ELOIZA PRIORE
Outros membros Edna Miranda Mayer, Elizangela da Silva Miguel, Jersica Martins Bittencourt, Sílvia Oliveira Lopes
Título Avaliação das condições sociodemográficas, de saúde, consumo de alimentos fonte de iodo e situação de insegurança alimentar de agricultores familiares, durante a pandemia de SARS-CoV-2 (COVID-19)
Resumo A pandemia de SARS-CoV-2 (COVID-19) pode ter impactado na vida dos agricultores familiares no que se refere à questão da diminuição da renda e dificuldade de produção e comercialização de seus produtos, culminando em aumento da insegurança alimentar. Ressalta-se que a insegurança alimentar pode ainda refletir mudanças de hábitos alimentares e, consequentemente, contribuir para a deficiência de iodo, levando ao risco de alterações no metabolismo da glândula tireoide. O objetivo deste trabalho é avaliar as condições sociodemográficas, de saúde, consumo de alimentos fonte de iodo e situação de insegurança alimentar de agricultores familiares durante a pandemia. Trata-se de um estudo transversal realizado no primeiro semestre de 2021, na zona rural de São Miguel do Anta-MG. Foram coletadas, através de questionário semiestruturado via telefone, informações sobre condições sociodemográficas, de saúde, situação de insegurança alimentar utilizando a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), consumo de alimentos fonte de iodo, exposição aos agrotóxicos e mudanças na produção de alimentos. Os dados foram analisados no SPSS (versão 20.0). Realizou-se as análises descritivas e o teste Exato de Fisher para verificar a associação entre as variáveis de interesse. O nível de significância foi de 0,05. Antes da aplicação do questionário foi lido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e os voluntários manifestaram o aceite em participar da pesquisa. O presente estudo faz parte de um projeto guarda-chuva submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres humanos da Universidade Federal de Viçosa (parecer nº 4.664.517). Participaram do estudo 30 agricultores familiares, sendo 53,3% (n=16) do sexo masculino, com mediana de idade de 49 anos (mínimo=28; máximo=58), escolaridade de 6,5 anos de estudo (mínimo=2; máximo=15) e renda de R$1.500,00 (mínimo=R$200,00; máximo=R$6.230,00). Verificou-se que 50% (n=15) dos agricultores familiares encontravam em situação de insegurança alimentar, 53% (n=16) consumiam algum alimento fonte de iodo e 6,7% (n=2) relataram ter hipotireoidismo. Entre os agricultores familiares 56,7% (n=17) relataram uso de agrotóxico, porém sem aumento do uso durante a pandemia. A preocupação dos agricultores, durante a pandemia, de que a comida acabasse antes que tivessem dinheiro para comprar mais alimento, esteve associada à situação de insegurança alimentar (p<0,001) e à redução na renda no período de pandemia (p=0,009). Conclui-se que a pandemia pode ter afetado as condições socioeconômicas e de segurança alimentar dos agricultores familiares, consequentemente impactando na saúde dos mesmos. Agradecimentos: À CAPES, FAPEMIG e CNPq.
Palavras-chave pandemia, insegurança alimentar, agricultores familiares.
Forma de apresentação..... Vídeo
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