"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14778

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Linguística
Setor Departamento de Letras
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Iane Maria Santos Martins
Orientador ADRIANA DA SILVA
Título Fake news e covid-19: indicadores linguísticos de textos em português do Brasil em tempos de pandemia
Resumo Em dezembro de 2019 a COVID-19 surgiu, atingindo, meses depois, uma proporção mundial. A doença e o grande número de mortes causadas mobilizaram a ciência e os leigos, muitas informações sobre o tema começaram a ser divulgadas, dentre elas informações falsas, as chamadas fake news. O termo fake news ganhou notoriedade nas eleições presidenciais estadunidenses de 2016 e se popularizou em vários lugares do mundo, incluindo o Brasil, passando a significar as desinformações que ganharam mais visibilidade com o advento das mídias sociais. Nesse sentido, buscando entender as características dessas fake news em um contexto científico, esta pesquisa teve como objetivo descrever os aspectos linguísticos desses textos, identificando as temáticas, a frequência de palavras, o léxico, as classes gramaticais, os modalizadores e as citação de fontes presentes nas fake news, além de também comparar esses textos com artigos científicos relacionados à COVID-19. Para isso, foram selecionadas 176 fake news retiradas da Agencia Lupa, do Aos Fatos e do site do Ministério da Saúde e também 10 artigos científicos retirados do SciELO. Esses textos foram analisados a partir da metodologia da Linguística de Corpus e contou com dois softwares para a geração de dados, sendo eles o AntConc, para estudo da frequência de palavras e o LinguaKit para análise morfossintática. Assim, os resultados encontrados apontaram que, em termos de temática, as fake news abordavam a questão da saúde, como a informações sobre o vírus, diagnóstico, prevenção e tratamento e também a estatísticas de número de óbitos e contaminados, que foram as mesmas temáticas encontradas nos artigos científicos, com o detalhe de que os artigos possuíam recortes mais específicos. Além disso, nas fake news foi detectado um maior número da palavra não, de verbos no imperativo, erros ortográficos, distorção em informações inicialmente verdadeiras, uso de hipérboles e exclamações. Isso permite concluir que para melhorar a detecção dessas mentiras é preciso atentar-se à escrita dos textos e a forma como eles manipulam as emoções do leitor, estudando as estruturas que constroem frases apelativas aos sentimentos, como por exemplo as que envolvem religião ou fazem um pedido ao leitor.
Palavras-chave Fake News, Covid-19, Linguística de Corpus
Forma de apresentação..... Vídeo
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