"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14741

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Geografia
Setor Departamento de Geografia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Hyago de Oliveira Souza
Orientador JANETE REGINA DE OLIVEIRA
Outros membros Dayana Debossan Coelho
Título Interlocuções entre ensino de geografia e literatura: história em quadrinhos, João Guimarães Rosa e regionalismo.
Resumo A pesquisa resulta das reflexões teórico-analíticas e metodológicas, operadas na disciplina Prática de Ensino em Geografia, ofertada pelo Departamento de Geografia da Universidade Federal de Viçosa. Procedendo de uma articulação entre Literatura e Ensino de Geografia, mediante a temática do regionalismo mineiro. Visando operacionalizar esta relação dialógica, foi produzida uma história em quadrinhos inspirada na obra Ave, Palavra de João Guimarães Rosa e voltada aos discentes do 6º ano do Ensino Fundamental. Este trabalho se justifica na medida em que as tirinhas podem ser um instrumento de representação de uma linguagem textual e não-textual utilizado pelo professor para problematizar diversas questões que possam guiar o pensamento geográfico. Os objetivos da pesquisa foram: levar o discente a identificar a cultura mineira como um dos elementos do regionalismo mineiro; conduzir o aluno à práticas de produção artístico-cultural, despertando seu pensamento crítico, (e)motivando-o à ação reflexiva e prática diante do mundo em que vive; apresentar a Literatura como uma linguagem para se pensar e ensinar Geografia. O apelo em relação ao regionalismo mineiro presente na obra de Guimarães, foi o que alicerçou a construção do nosso protagonista, Chico Bento, e do próprio enredo. O dialeto de Chico Bento foi retratado por meio de palavras, expressões e gírias comuns ao personagem caipira. Buscamos regionalizá-lo, incluindo em suas falas o “mineirês” com os seguintes propósitos: refletir o espaço geográfico originário em que o personagem está inserido (meio rural) e suas condições sociais; trazer o conteúdo humorístico presentes nas tirinhas e atentar para a identidade linguística do interior do estado. Neste último aspecto, é importante ressaltar a presença recorrente do “R caipira” como um dos elementos que caracterizam o modo de falar do mineiro interiorano e de sua cultura. Através da trama proposta, na qual Chico Bento sai de Pato de Minas (MG) em direção ao Espírito Santo imbuído do sonho de conhecer o mar, é possível trabalhar com os alunos diversos conteúdos: diferentes paisagens passíveis de ser observadas pela transição de biomas, clima e relevo; caracterização de cidades do interior (e do próprio meio rural) e de metrópoles, como Belo Horizonte, marcadas pelo intenso processo de urbanização (os congestionamentos e ao mesmo tempo a velocidade da metrópole: os diferentes ritmos; a conurbação; a verticalidade); apresentação das peculiaridades das cidades históricas (São Thomé das Letras com suas construções antigas como casas, igrejas, monumentos, estradas de ferro e outras edificações de valor histórico, arquitetônico e patrimonial); símbolos da identidade regional mineira (culinária, danças e festas típicas, enfim, a cultura, o “jeito de ser mineiro/modus operandi”) e a apropriação socioespacial do lugar onde se vive; dentre uma infinita gama de possibilidades. Por fim, o professor deve levar os alunos a produzir as sínteses geográficas.
Palavras-chave Chico Bento, tirinhas, Ave-Palavra
Forma de apresentação..... Vídeo
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