"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14733

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Economia
Setor Departamento de Economia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Igor Porto Aleixo
Orientador FRANCISCO CARLOS DA CUNHA CASSUCE
Título Os impactos do nível educacional nas epidemias causadas por doenças infectocontagiosas no Estado de São Paulo
Resumo A relação entre variáveis socioeconômicas e a proliferação de doenças infectocontagiosas tem ganhado destaque, integrando as áreas de Saúde e Ciências Sociais. Nesse contexto, pode-se relacionar o nível de educação de uma determinada população com suas capacidades de processar informações de maneira a compreender e combater eficientemente a doença. Diante disso, a presente pesquisa buscou avaliar como determinantes demográficos e socioeconômicos estariam influenciando a expansão de doenças infecciosas nos municípios do Estado de São Paulo para o ano de 2020, mais especificamente a relação entre o nível educacional e a proliferação de casos das doenças. O foco foi nos casos de covid-19 e de dengue, duas enfermidades com considerável número de notificações no estado. Para realizar tal estudo, foi utilizada a análise exploratória de dados espaciais (AEDE) e, em um segundo momento, modelos de regressão espacial. Os resultados da AEDE revelaram uma forte relação espacial com os casos de dengue, indicando uma alta capacidade de disseminação da doença entre os municípios paulistas. Por outro lado, ao contrário do que se esperava, os casos de covid-19 apresentaram uma fraca relação espacial. Dada a natureza desses resultados, foi utilizado o modelo de defasagem espacial para explicar os casos dengue, ao passo que para a covid-19 foi utilizado o modelo clássico de regressão linear. Dentro desse escopo, variáveis como densidade demográfica e políticas de saúde não influenciaram o número de casos per capita de dengue e de covid-19. O nível de atividade econômica, por sua vez, apresentou uma influência positiva sobre os casos de covid-19. Finalmente, o nível educacional apontou uma relação significativa e negativa apenas para os casos de dengue. Foi possível concluir, então, que a escolaridade de fato pode contribuir para a redução do número de casos de dengue no Estado de São Paulo. Em relação aos impactos sobre a covid-19, apesar dos resultados inconclusivos, não seria razoável descartar a importância da educação, uma vez que essa análise pode ter sido ofuscada pelo fato da doença ser precoce e, consequentemente, ainda pouco compreendida pela população.
Palavras-chave Nível Educacional, Doenças Infecciosas, Estado de São Paulo.
Forma de apresentação..... Painel
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