ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Graduação |
Modalidade |
Pesquisa |
Área de conhecimento |
Ciências Agrárias |
Área temática |
Ecologia |
Setor |
Departamento de Entomologia |
Conclusão de bolsa |
Não |
Apoio financeiro |
CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros |
Primeiro autor |
Monalisa Sthefani Silva de Oliveira |
Orientador |
EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA |
Outros membros |
Luis Gonzalo Salinas Jimenez, Maria Júlia Maciel Corrêa, Renato Barbosa Ferraz, Sabrina Helena da Cruz Araujo |
Título |
A exposição subletal a formulação inseticida contendo diflubenzurom não afeta as habilidades de Buenoa tarsalis em predar larvas de Aedes aegypti |
Resumo |
Diflubenzurom pertence ao grupo de inseticidas considerados reguladores de crescimento uma vez prejudicam a síntese do exoesqueleto por inibir a síntese da quitina. Apesar da larga eficiência do uso de formulações inseticidas contendo diflubenzurom no controle de insetos pragas alvos (tanto na agricultura quanto no controle de insetos vetores de doenças), o uso extensivo desta ferramenta tem sido associado a efeitos negativos em organismos não-alvo, incluindo outros insetos que coexistem nos ambientes contendo os organismos-alvos. Os percevejos aquáticos Buenoa tarsalis (Hemiptera: Notonectidae) são predadores de ocorrência natural e que controlam os níveis populacionais de estágios imaturos (i.e., larvas e pupas) dos mosquitos. Estes percevejos aquáticos podem sofrer exposição não intencional ao diflubenzurom que alcançam os corpos d’água sejam por lixiviação ou mesmo pela aplicação direta destes produtos, uma vez que formulações contendo este composto também têm sido utilizado para o controle de larvas de mosquitos ou outros insetos (naiades de Odonata) que são pragas da produção piscícola. Portanto, o presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a susceptibilidade de B. tarsalis ao diflubenzurom e se a exposição subletal a estes composto afetaria as habilidades destes insetos em predar larvas de Aedes aegypti. O ensaio de exposição foi realizado em frascos de vidro (capacidade 250 mL) contendo 100 mL de solução de tratamento (diflubenzurom a 0,266 mg/L ou tratamento controle – i.e., composto exclusivamente por água destilada). A nossa unidade experimental consistia de 10 B. tarsalis por frasco e nós utilizamos 10 repetições por tratamento. O tempo de total de exposição foi de 24 horas. Para os ensaios de predação, nós utilizamos os indivíduos que sobreviveram a exposição aos tratamentos. Os sobreviventes foram então individualizados em frascos contendo 100 mL de água destilada e mantidos em aclimatação durante 1 hora até o início da predação. Nós utilizamos 3 densidades de presas (3, 6 e 9 larvas de A. aegypti (no estágio larval 2) por frascos) e avaliamos a cada 40 minutos a quantidade de larvas predadas. O período total de avaliação foi de 360 minutos. As habilidades de predação foram avaliadas durante quatro dias consecutivos. Os dados de predação foram submetidos à análise de medidas repetidas no tempo. Nossos resultados demonstraram que 100% dos B. tarsalis sobreviveram a exposição ao diflubenzurom e que o inseticida não alterou a capacidade de predação de B. tarsalis em nenhuma das circunstâncias testadas (i.e., logo após a exposição, em quaisquer níveis de densidade de presa e nem ao longo do período de quatro dias). Os nossos achados, portanto, reforçam a segurança ecológica do diflubenzurom em relação aos insetos aquáticos que promovem o controle natural de larvas de mosquitos. |
Palavras-chave |
ecotoxicologia, diflubenzurom, entomologia aquatica |
Forma de apresentação..... |
Vídeo |