"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14709

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Julia Pereira Batista
Orientador RENATA CASSIA CAMPOS
Título Estudo da qualidade de cafés robustas amazônicos finos de origem indígena por meio da análise de suas propriedades físicas
Resumo A espécie Coffea canephora Pierre ex Froehner (café robusta, conilon ou canelão) corresponde a segunda maior produção brasileira de café. Esta possui menor variação em sua produção, quando comparado ao arábica, devido a sua rusticidade, apresentando maior resistência a pragas e doenças, além de uma maior adaptação a condições de baixas altitudes e altas temperaturas. Os cafés finos amazônicos vêm se destacando no mercado pela presença de atributos sensoriais exóticos e pela elevação da qualidade da bebida apresentada na xícara, não produzindo uma bebida caracterizada como neutra, encorpada e com pronunciado amargor, sendo um café robusta. Este trabalho teve como objetivos i) determinar as propriedades físicas dos grãos, utilizando amostras de café cru robustas (Coffea canephora) amazônicos, produzidos em Rondônia, na Região Matas de Rondônia, por indígenas ii) promover uma relação entre as propriedades físicas estudadas com a qualidade da bebida ofertada na xícara. Os parâmetros analisados foram o teor de água, medido através do método gravimétrico e a atividade de água, determinada através de um equipamento fornecedor de leituras de atividade de água. As propriedades relacionadas à forma e tamanho (volume, área superficial, área projetada, esfericidade, circularidade, diâmetro geométrico e relação superfície volume) foram obtidas por meio de equações, que utilizaram as informações das dimensões características, medidas por um paquímetro digital. As massas específicas unitária e aparente foram determinadas através do método do picnômetro, se utilizando também de uma balança analítica. A porosidade pôde ser encontrada a partir dos dados obtidos para as massas específicas, enquanto que a análise dos parâmetros de cor (croma, ângulo hue e L*) foram determinados através de um colorímetro tristímulo. Os resultados obtidos foram: teor de água bu= 10,41%; teor de água bs= 0,12; atividade de água= 0,59; volume= 207,49 mm³; área superficial= 67,34 cm²; esfericidade= 71,13%; circularidade= 68,77%; área projetada= 0,58 cm²; diâmetro geométrico= 7,35 mm³; relação superfície volume= 32,46 mm-1; massa específica aparente= 0,65 g/cm³; massa específica unitária= 1,03 g/cm³; porosidade= 36,48%; croma= 21,47; ângulo hue= 0,85º; e L*= 48,55. Os dados obtidos para os grãos citados anteriormente foram comparados com informações pré-existentes das propriedades dos grãos do café arábica. De acordo com as características físicas estudadas, o café cru robusta amazônico demonstrou um forte potencial de atingir valores superiores em termos de qualidade da bebida, aceitação dos grãos pelo consumidor e beneficiamento mais eficaz do produto, quando comparado ao arábica. Comprovados pelos dados obtidos, os grãos robusta possuem menor susceptibilidade a perda de qualidade durante o armazenamento e maior homogeneidade no processo de torra, o que se correlaciona à sua forma e às suas propriedades termodinâmicas. Esses fatores refletem em uma maior qualidade evidenciada na xícara.
Palavras-chave Coffea canephora, propriedades físicas, qualidade
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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