"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14683

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Economia
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Stéffany Costa Jardim
Orientador VIVIANI SILVA LIRIO
Outros membros EVANDRO CAMARGOS TEIXEIRA, Pedro Rodrigues Oliveira
Título Gênero do chefe de família e incidência de trabalho infantil no Brasil
Resumo O presente trabalho buscou analisar a influência do gênero do chefe de domicílio sobre a incidência de trabalho infantil no Brasil, no ano de 2016. O “fenômeno” do trabalho infantil configura-se como um dos grandes problemas sociais e, consequentemente, cria entraves ao processo de desenvolvimento econômico de muitos países, incluindo o Brasil. Dentre os aspectos que conferem maior explicação a incidência de trabalho infantil na literatura, destacam-se, além de fatores socioeconômicos, as características das famílias, em especial dos pais. Nesse sentido, alguns estudos relacionam a existência de trabalho infantil com o sexo do chefe do domicílio, encontrando resultados importantes. Assim, uma vez que os estudos apontam que o fato de o chefe de domicílio ser do sexo feminino pode impactar sobre a probabilidade de ocorrência do trabalho infantil, torna-se importante analisar como essa estrutura familiar tem vigorado no caso brasileiro. Para tal, utilizou-se o modelo Probit Bivariado, que permite verificar de forma simultânea tal influência sobre as seguintes decisões: inserir a criança no mercado de trabalho e/ou na escola. De modo geral, os resultados do modelo econométrico indicaram que o fato do chefe de família ser do gênero feminino possui efeito estatisticamente significativo sobre as probabilidades da criança ou adolescente trabalharem, mas não exerce impacto sobre a probabilidade de que eles frequentem a escola. Com o aporte da literatura, é possível esperar que nos lares chefiados pelas mulheres exista uma maior vulnerabilidade socioeconômica, seja pela ausência de mais um provedor de recursos financeiros, ou pela discriminação sofrida por estas no mercado de trabalho, vide as maiores dificuldades para encontrar emprego e os salários comparativamente menores, e por isso, que haja necessidade de inserir os menores no mercado de trabalho de forma a obter um nível de renda familiar maior para prover os meios de subsistência. A partir do que fora exposto, percebe-se a necessidade de implementação de políticas públicas que tenham como objetivo a erradicação do trabalho infantil no Brasil. Mais do que tornar tal prática ilegal e configurá-la como crime, é necessário promover a fiscalização a fim de coibir a prática e erradicá-la, assim como fornecer suporte às famílias para que estas não precisem da contribuição financeira dos menores e possam alocar o tempo disponível das crianças para o estudo e atividades de lazer.
Palavras-chave Trabalho Infantil, Chefe de Domicílio, Gênero.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,70 segundos.