Resumo |
A cafeicultura é uma das culturas mais antigas do Brasil, que juntamente com outras culturas necessita de uma modernização no quesito Manejo de Pragas. A modernização da agricultura preconiza o aumento da eficácia de métodos de controle com potencial de uso, adequar outros métodos de controle e utilizar o controle químico com moléculas menos tóxicas ao homem ao ambiente, maior eficácia agronômica e menor impacto sobre inimigos naturais. Dessa forma, o cafeeiro necessita de melhorias em seu controle químico e biológico, uma vez que até os dias atuais não se tem um controle efetivo de suas duas principais pragas. É possível atuar em ambos os métodos de controle adotando a nanotecnologia e maximizando a eficácia do controle biológico por meio de métodos de liberação de baixos custos e alta eficácia. As nanomoléculas associadas à nanoargilas podem garantir maior estabilidade ao composto ativo frente às adversidades climáticas, precipitação, temperatura, radiação e ação microbiana, estes compostos têm sido combinados com polímeros orgânicos, formando compostos híbridos com propriedades únicas, diferentes dos seus componentes isolados. Neste sentido, este projeto objetivou a síntese e a caracterização de um material híbrido formado por microesferas do polímero alginato. Para confecção dos materiais híbridos foram utilizados como polímeros o alginato, derivados de amido, compostos lamelares (Montmorillonita, Bentonita, Hidróxidos Duplos Lamelares etc), e inseticidas, como, por exemplo, o tiametoxam. As mudas de café arábica com 10 meses de idade (19 folhas) foram usadas no experimento de toxicidade de tiametoxam com ou sem incorporação em microesfera de alginato em lagartas de L. coffeella conduzido em condições de temperatura ambiente (19,6 - 25,4 ºC) e umidade relativa (55 – 71,7%). A solução formadora de microesfera contendo alginato de sódio (1% m/v) foi preparada em água (controle) e com inseticida (4.000 ppm) em agitação constante por 1 hora à 25 ºC. Posteriormente, foi adicionado bentonita sódica (5% m/v) sob agitação por 1 hora e imediatamente após, a solução foi vertida em uma bureta e gotejada (1 gota s- 1) em uma solução de 5% de CaCl2. Foram observadas diferenças significativas para mortalidade de L. coffeella submetido aos inseticidas (F = 51,03; d.f = 3,9; P < 0,001), tempo de remoção das folhas logo após aplicação dos tratamentos (F = 13,43; d.f = 2, 24; P < 0,001) e interação entre os inseticidas e o tempo de remoção das folhas logo após aplicação dos tratamentos (F = 6,39; d.f = 6,24; P < 0,001). |