Resumo |
O inseto Leucoptera coffeella é uma das pragas mais importantes do café (Coffea spp.) na América Neotropical. Esta praga trás prejuízos altíssimos, onde confecciona minas nas folhas e ocasiona a desfolha da planta. Com isso se faz necessário estabelecer estratégias de manejo eficiente, de baixo impacto ambiental, social e econômico. A utilização de predadores, pode ser uma estratégia de controle biológico. A família Chrysopidae (ordem: Neuroptera) são importantes agentes do controle biológico de pragas e com potencial para serem utilizados no café para controlar o bicho mineiro. As larvas desse predador são vorazes, resistentes a inseticidas e com alto potencial reprodutivo. Sendo feito mais estudos sobre esse predador para uso no manejo integrado do bicho-mineiro-do-cafeeiro. Estudos sobre o local ideal de preferência para oviposição (unidade amostral) e a distribuição espacial na área são importantes para auxiliar os processos de liberação e monitoramento no campo. Determinar a unidade amostral deste inimigo natural e a distribuição espacial da praga e do predador é uma ferramenta importante no planejamento de táticas de controle, não existindo para Chrysopidae trabalhos que determinem a preferência de oviposição na planta do café (C. arabica), e há muitos estudos relatados em laboratórios sobre a capacidade de predação dos crisopídeos, em campo a escassez. Assim, objetivou-se determinar a unidade amostral de ovos de Chrysoperla spp. em plantas de Coffea arabica, com baixo custo de amostragem e também a distribuição espacial de L. coffeella e Chrsoperla spp. e como estes insetos se comportam na área com a liberação do predador. Os estudos foram conduzidos em lavouras de café em Rio Paranaíba – MG, durante a safra 2020/2021. Para avaliação da unidade amostral, avaliou-se o número de ovos de Chrysoperla spp. localizadas quanto a posição do sol (nascente e poente), nas seções apical, médias e basais das plantas, no par de folha do ramo com maior frequência e face foliar (adaxial e abaxial). A unidade amostral foi aquela que apresentou equação de regressão significativa (p≤0,05) e variância relativa (VR<25%), maior coeficiente angular e maior coeficientes de determinação R2. Em seguida, realizou-se a validação da unidade amostral. Para determinação da distribuição espacial, quinzenalmente a lavoura de café foi monitorada. Os dados foram submetidos a análise descritiva e de geoestatística. A melhor unidade amostral foi na face de exposição do sol nascente, no terço mediano, no terceiro par de folhas do ramo e na face abaxial da folha foram a melhor parte da planta para amostragem de Chrysoperla spp. com a validação foi visto que o número de ovos/planta apresentou relação positiva e significativa. Quando a distribuição espacial foi visto que a população de L. coffeella se manteve baixa nos meses de fevereiro e março com a liberação de Chrysoperla spp. Neste trabalho conseguimos determinar a unidade amostral de Chrysoperla spp. na cultura do café. |