"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14645

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Daniel Souza Santos
Orientador ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA
Outros membros Carolina Vieira de Castro, Daiane Cristo de Souza, Emily de Souza Ferreira, Lara Camargo de Oliveira
Título Relação entre cintura hipertrigliceridêmica e Doença Renal Crônica em indivíduos com diagnóstico de Hipertensão Arterial e, ou Diabetes Mellitus no contexto da Atenção Primária à Saúde
Resumo Introdução: a Doença Renal Crônica (DRC) é definida como anormalidades da estrutura ou função renal, presentes por mais de três meses, com implicações para a saúde que levam a perda continuada da função renal. De entre os fatores de risco para DRC, destacam-se o Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial (HA), histórico de Doença Cardiovascular (DCV), idade avançada, obesidade, tabagismo, uso de nefrotóxicos, ou histórico de DRC na família. O fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica (FCH), definido pelas medidas elevadas e simultâneas da circunferência da cintura (CC) e dos triglicerídeos (TG), é apontado como fator de risco para DCV e DM, e como possível fator de risco para DRC. Objetivo: analisar a relação entre o FCH e a DRC em indivíduos com diagnóstico de HA e, ou DM. Metodologia: estudo transversal, realizado com 994 indivíduos diagnosticados com HA e, ou DM, acompanhados pelas equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Viçosa, Minas Gerais, de agosto de 2017 a abril de 2018. Os participantes do estudo foram submetidos a entrevistas, avaliação antropométrica, medida da pressão arterial e exames bioquímicos de sangue e urina. Para avaliar a associação entre FCH e DRC, foi realizada uma regressão logística multivariada. Resultados: a prevalência de DRC na população analisada foi de 21,1% e dos 994 indivíduos, 207 (20,8%) possuíam o FCH. Os indivíduos com o FCH tiveram uma prevalência significativamente maior de DRC (28,0%). A regressão logística foi realizada com um intervalo de confiança de 95% e associou o FCH positivamente e de forma significativa (p≤ 0,05) com a DRC nas análises do modelo não-ajustado (OR=1,566) e modelo ajustado para confundidores (OR=1,917). Os indivíduos diagnosticados com o FCH possuíam um risco aumentado de 56,6% de terem DRC, quando comparado com pessoas com CC e TG em valores normais. Ao ajustar a análise do risco para idade, sexo, DM, consumo de tabaco e álcool, houve um aumento de 91,7% no risco. Conclusão: O estudo mostra que existe relação entre o FCH e a DRC entre indivíduos diagnosticados com HA e, ou DM, isso indica o fenótipo estudado como um preditor de alto risco para a DRC em indivíduos diagnosticados com HA e, ou DM. Nesse sentido, destaca-se a necessidade de diagnóstico e tratamento adequado dos pacientes com fatores de risco para a DRC, como o FCH, visando o cuidado integral a partir da APS, tendo como principais objetivos a redução de desfechos desfavoráveis, como a mortalidade cardiovascular e a progressão para a doença renal terminal.
Palavras-chave Doença renal crônica, Cintura hipertrigliceridêmica, Hipertensão Arterial
Forma de apresentação..... Vídeo
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