"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14618

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Rainieli Aparecida do Nascimento
Orientador CARLOS FRANKL SPERBER
Outros membros José Guilherme Alves de Oliveira, Moana Teixeira Rothe-Neves
Título Efeito do rejeito da barragem da SAMARCO na sobrevivência de plântulas de feijão – Phaseolus vulgaris.
Resumo No dia 5 de novembro de 2015, a barragem de rejeitos de mineração “Fundão” (Samarco/Vale/BHP Billiton), em Mariana (MG), se rompeu, liberando 62 milhões de toneladas de rejeitos de minério de ferro, que avançaram por uma extensão de 668 km do rio Doce e planície adjacente, recobrindo leitos de rios e alterando características químicas, físicas e de fertilidade do solo, nas regiões em que o rejeito extravasou o leito dos rios. Dentre as principais alterações no solo, uma das principais foi a diminuição da capacidade de retenção de água no solo, devido a uma maior proporção de silte e de areia, que não retém água devido à maior quantidade de macroporos, e pela presença de partículas muito menores que argila, decorrentes do processo de trituração da rocha, envolvida na mineração. Estas partículas menores que argila retém mais a água em seus microporos, dificultando a abroção de água por raízes. Desse modo, esse problema pode ser um fator limitante para o crescimento de plantas, já que água é essencial para a sobrevivência e crescimento de plantas, pois é em meio aquoso que grande parte das reações químicas são realizadas, além da água ser um importante reagente para a atividade fotossintética. O presente trabalho avaliou a sobrevivência de plântulas de feijão em substrato contendo rejeito, recolhido às margens do rio do Carmo, comparado com substrato de solo sem rejeito (controle), recolhido às margens do rio Piranga. Ambos os rios são afluentes do rio Doce. Avaliamos a sobrevivência de 79 plântulas germinadas em substrato sem rejeito e 56 germinadas em substrato com rejeito, durante 47 dias, irrigando as plantas diariamente de forma a manter sua saturação hídrica. A sobrevivência das plântulas no substrato com rejeito foi menor do que em plântulas no substrato controle (Chi=33.47; p=7.23exp-09). Nossos resultados mostraram que o rejeito reduz a sobrevivência de plântulas de feijão, o que pode se estender a outras espécies vegetais. Isto pode se estender ao longo de toda uma cadeia trófica, impactando a biodiversidade de plantas e sua fauna associada, na medida em que os efeitos se transfiram ao longo das teias alimentares.
Palavras-chave Sobrevivência de plântulas, rejeito de mineração, barragem da SAMARCO
Forma de apresentação..... Painel
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