Resumo |
O Brasil é o 1º exportador e o 3º maior produtor mundial de frangos de corte (ABPA, 2020). Isso é resultado dos avanços nas áreas de melhoramento genético, nutrição, sanidade, manejo e ambiência. Dentre esses fatores, destaca-se a nutrição, haja vista que este é um dos fatores que mais agrega custos à produção de frangos de corte, daí o interesse por aditivos que proporcionem um melhor aproveitamento dos ingredientes das rações e consequentemente um melhor desempenho das aves. Dentre esses aditivos destaca-se o uso de enzimas exógenas como a fitase que atua sobre o fitato, disponibilizando nutrientes como fósforo e cátions bivalentes (Ca, Fe, Mg, etc.), presentes nas dietas. Objetivou-se avaliar a superdosagem de fitase no desempenho de frangos de corte de 1 a 42 dias de idade. O experimento foi realizado no Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (DZO/UFV). Foram utilizados 1600 frangos machos da linhagem Cobb 500 de 1 dia com peso médio de 44g e distribuídos em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com 8 tratamentos, 10 repetições com 20 animais cada. Durante todo o período experimental as aves foram alojadas em galpão, com boxes de alvenaria (1x2m) e piso coberto com maravalha, recebendo ração e água ad libitum de acordo com cada tratamento. Todas as dietas foram formuladas a base de milho e de farelo de soja, de acordo com Rostagno et al. (2017). Os tratamentos foram: T1: controle positivo (CP). T2: controle negativo (CN1) com redução de cálcio e fósforo com base na atividade da fitase de 1000FTU/kg. T3: controle negativo (CN2) com redução completa na matriz nutricional na atividade com base na atividade da fitase de 1000FTU/kg. T4: CN2+fitase (500FTU/kg). T5: CN2+fitase (1000FTU/kg). T6: CN2+fitase (1500FTU/kg). T7: CN2+fitase (2000FTU/kg) e T:8 CN2+fitase (2500FTU/kg). No 1ºdia foram pesadas as aves e a ração fornecida, e aos 21 e aos 42 dias foram pesados os animais e as sobras de ração, para posterior cálculo de consumo da ração (CR), o ganho peso (GP), conversão alimentar (CA) e aos 42 dias de idade a viabilidade (V), índice de eficiência produtiva (IEP) e peso final (PF). Todos os dados foram submetidos a uma ANOVA e as médias comparadas pelo teste de SNK a 5% de significância. Sobre os resultados: não houve diferença significativa para o consumo de ração, o ganho de peso e peso final. As aves do tratamento T1(CP) tiveram melhor desempenho e as aves dos demais tratamentos não apresentaram diferenças significativas para a conversão alimentar sendo que as aves do tratamento T3 (CN2) apresentaram a pior conversão, e as aves do tratamento 8 apresentaram a melhor conversão. Com relação a análise de regressão, não houve diferenças significativas (P>0,05) para os parâmetros de consumo de ração e de ganho de peso, que apresentaram resposta linear. Conclui-se que as aves do tratamento 8 tiveram melhor desempenho em comparação aos demais. |