"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14606

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Parasitologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Sabrina de Oliveira Emerick
Orientador EDUARDO DE ALMEIDA MARQUES DA SILVA
Outros membros Bianca Meirelles Miranda, Daniel Silva Sena Bastos, Ingrid Rabite Garcia
Título Vacina de proteína recombinante lipofosfoglicano-3 associada ao adjuvante saponina controla a infecção hepática por Leishmania chagasi e preserva a morfologia do órgão
Resumo Leishmania chagasi é um protozoário parasita responsável pela Leishmaniose Visceral (LV) nas Américas. A LV é uma doença tropical negligenciada que afeta especialmente o homem e o cão nas regiões endêmicas e apresenta elevada incidência anual. A doença é caracterizada pela visceralização do parasito em órgãos tais como fígado, baço, medula óssea e gânglios linfáticos, sendo, portanto, uma manifestação clínica grave que pode evoluir para óbito se não tratada. O atual tratamento para a LV apresenta diversas limitações relacionadas, sobretudo, à toxicidade das drogas utilizadas e à resistência do parasito. Portanto, o desenvolvimento de vacina constitui uma estratégia profilática importante para o controle da doença nos países endêmicos. Em estudos prévios, avaliamos a vacinação de camundongos BALB/c com a proteína nativa lipofosfoglicano-3 (LPG3) de L. chagasi associada ao adjuvante saponina e observamos redução de aproximadamente 98% na carga parasitária no fígado e no baço. No presente trabalho, objetivamos avaliar a infecção hepática por L. chagasi e aspectos histopatológicos e estereológicos do fígado de camundongos BALB/c vacinados com LPG3 recombinante associada ao adjuvante saponina. Os animais foram divididos em 5 grupos: NI: animais infectados; NV: não vacinados; SAP: vacinado com saponina; rLPG3: vacinado com rLPG3; rLPG3 + SAP: vacinado com rLPG3 mais saponina. O protocolo de imunização constituiu de três doses subcutâneas do imunógeno a cada duas semanas (rLPG3: 40 µg + dois reforços de 20 µg). Duas semanas após a última dose de reforço os animais foram infectados na veia da cauda com 1×107 promastigotas de L. chagasi em fase estacionária de crescimento. Quatro semanas após a infecção os animais foram eutanasiados para avaliação da carga parasitária e dos aspectos histopatológicos e estereológicos do fígado. A vacinação com LPG3 + SAP reduziu o parasitismo em 99%, conferindo proteção imunológica ao fígado dos animais vacinados. Como consequência, a imunização com LPG3 + SAP preservou a morfologia e integridade do órgão com remodelação do parênquima e componentes do estroma do tecido hepático e redução na formação de granuloma e infiltrado inflamatório. Os resultados destacam a importância da vacinação, não apenas como um mecanismo antiparasitário, mas também como um importante fator atuante na manutenção da integridade do órgão afetado.
Palavras-chave Vacina, Leishmaniose Visceral, Morfologia do Fígado
Forma de apresentação..... Painel
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