Resumo |
O tomate Solanum lycopersium L. é uma cultura de grande importância no cenário mundial devido seu sabor, nutrientes e benefícios à saúde. No entanto, seu cultivo é muito sensível ao clima e alguns insetos pragas. A mosca branca Bemisia tabaci é uma das principais pragas desta cultura, logo os danos causados pelas ninfas e adultos podem ser diretos e indiretos. O dano direto consiste na sucção de seiva e injeção de toxinas que afetam o crescimento da planta, produção e qualidade dos frutos. Já os indiretos podem ser através da transmissão de fitoviroses, como o geminivírus (Tomato yellow vein streak vírus) que reduz a quantidade de clorofila, proteína e assim a taxa de fotossíntese da planta, causando amarelamento, seca e necrose parcial das folhas. Outro dano indireto é causado pela substância açucarada excretada pelos insetos que favorece o desenvolvimento de fungos (fumagina) (Capnodium sp.) nas folhas, reduzindo a área fotossintética. Com isso, o desenvolvimento de resistência a insetos pragas como a B. tabaci é fundamental levando em consideração os danos diretos e indiretos causados por esse inseto no tomateiro. O objetivo foi determinar a resistência à mosca branca em acessos de S. lycopersicum do Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de Viçosa. Os experimentos foram realizados no campo experimental da Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba e no Laboratório de Pesquisa em Horticultura. Os acessos testados foram adquiridos no BGH-UFV e como testemunhas utilizou o híbrido comercial Dominador e a variedade Santa Clara, o delineamento experimental foi casualizado com quatro repetições. Foram utilizados cálculos para a determinação do índice de resistência dos acessos de tomateiro do BGH-UFV em relação ao padrão de suscetibilidade. Já para cultivar Santa Clara foram feitos cálculos que apresentam o intervalo de confiança para o índice de resistência de cada característica avaliada, com isso, a classificação foi realizada com base no grau de resistência de plantas a insetos. Em cada parcela foi coletada a primeira folha totalmente expandida para contagem dos tricomas. Foi detectado diferenças significativas no que se refere ao número de adultos, ovos e ninfas e densidades de tricomas por planta. Os acessos BGH-166, BGH-616, BGH-850, BGH-990, BGH-2102 e BGH-2125 foram selecionados como fontes de resistência à B. tabaci. O mecanismo de resistência associado a esses acessos foi a antixenose. Além disso, foi constatado que a densidade de tricomas está diretamente relacionada à resistência de pragas no tomateiro. |