Resumo |
Um grande desafio da agricultura moderna é interligar o crescente aumento da produtividade agrícola, com a busca de produtos de qualidade juntamente com o uso racional do meio ambiente. Portanto, é essencial que o manejo agrícola aumente significativamente nos próximos anos utilizando uma abordagem mais sustentável e ecologicamente correta. Uma estratégia promissora para mitigar a utilização de fertilizantes sintéticos seria incorporar micro organismos benéficos ao sistemas de produção, especificamente, bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP). Essas bactérias podem ser residentes epifíticas ou endofiticas, consideradas não patogênicas, que atuam diretamente promovendo o crescimento ou indiretamente como agentes de controle biológico de doenças de plantas. Essas características ocorrem devido essas bactérias serem capazes de fixar nitrogênio atmosférico, produzir hormônios vegetais, solubilizar fosfatos, sintetizar sideróforos, promover o controle biológico e a indução de resistência sistêmica na planta hospedeira. Nesta perspectiva, destacam-se também a utilização potencial dos ácidos húmicos, que são encontrados em sedimentos, solos, água e resíduos e são originados a partir da decomposição natural da matéria orgânica. Essas substâncias melhoram os atributos químicos, físicos e biológicos dos solos. Além de serem capazes de estimular alterações fisiológicas nas plantas, auxiliar na melhoria do desenvolvimento das plantas, obter respostas favoráveis nas culturas e consequentemente aumentar a obtenção de ganhos na produtividade. A utilização dessas bactérias e desses ácidos na forma de fertilizantes orgânicos, condicionadores de solo e bioestimuladores, a fim de diminuir os gastos com fertilizantes tem sido cada vez mais comum na agricultura. Porém, ainda são escassos os estudos desses produtos. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo revisar sobre a utilização conjunta dos ácidos húmicos juntamente com as bactérias promotoras de crescimento a fim de verificar a efetividade da sua utilização na agricultura. Para isso realizou-se busca por artigos científicos sobre o tema nos sites como Google acadêmico, Scielo, Elsevier, SpringerLink, Journals, dentre outros. Posteriormente, foi redigido a revisão bibliográfica que levantou as informações sobre o uso conjunto das BPCP e AH em plantas de milho, manjericão, trigo, alface, tomate, batata e guanandi que foram inoculados, principalmente, via imersão de sementes e pulverização foliar. Como resultado, a utilização desses bioestimulantes demonstrou ser benéfico devido intensificar o crescimento e o desenvolvimento das plantas, além de ser considerado alternativa de substituição dos fertilizantes sintéticos, diminuindo o custo de produção, agregando valor ao produto e sendo considerado tecnologia promissora para o cultivo, uma vez que aumentam a produtividade do produtor com baixo investimento e de forma sustentável. |