Resumo |
Esse trabalho faz parte de uma pesquisa de mestrado intitulada “A precarização do trabalho docente na Bahia: uma análise geográfica e crítica para o Regime Especial de Direito Administrativo (REDA)” em desenvolvimento na Universidade do Estado da Bahia (UNEB). O estudo tem a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNEB pelo CAAE de nº 42178421.4.0000.0057. A pesquisa recebe o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). Tem por objetivo destacar a história do trabalho, na visão geográfica, contextualizado com as noções de trabalho precarizado. A metodologia consiste em uma revisão da literatura bibliográfica de cunho qualitativo (BOGDAN & BILKEN, 1994,) tem como análise, a categoria trabalho e como método - o marxista. A categoria trabalho é o pensamento econômico e social que a Geografia vem utilizando para compreender a realidade determinada pelos princípios do capital. Um dos primeiros geografos a dar destaque à categoria trabalho foi Pierre George, ele propos efetivamente a Geografia do trabalho. Aqui no Brasil, a Geografia do Trabalho destacou-se iniciamente com as obras de Ruy Moreira (2004) e do Antônio Thomás Júnior (2005). Atualmente pode-se usufluir trabalhos do Karl Marx (2002), David Harvey (2008), Sócrates Menezes (2020), Ricardo Antunes (2009), Ruy Braga (2012), Souza & Costa (2020), dentre outros. “As categorias servem para organizar no pensamento a realidade que precisa ser explicada (MENEZES, 2020, p.160)”. Quando se fala de uma categoria está se referindo há uma forma de entendimento da realidade, ou seja, quando se fala de categoria do trabalho é um esforço de entedimento de uma realidade específica dentro da ciência geográfica. O trabalho enquanto categoria economica e social tem em suas origens na burguesia, que transformou a relação valor-trabalho em sua relação de assalariamento. Os resultados preliminares apontam para a falta de progressão na carreira, a desvalorização do ser professor (a), a baixa renumeração, as condições de trabalho precário, a formação aligeirada, e a intensificação do trabalho, essas são algumas das consequências que fazem com quer o REDA seja um contrato de trabalho precarizado. Todavia, pode-se pensar num regime de trabalho melhor, que valorize a carreira docente e eleve a autoestima dos (as) professores (as), isso só será possível através de uma mudança na política pública educacional do país. Santos (2003) adverte que é preciso “Pensamos ousadamente as soluções mais fantasiosas e em seguida buscamos os instrumentos adequados à sua realização (p.172)”. Dessa maneira, os contratos pelo REDA fazem parte da nova morfologia do trabalho (ANTUNES, 2005), pois as condições contraditórias presentes nesse regime condiciona o trabalho do professor (a) ao mundo da precarização do trabalho, conceito estudado pela Geografia do Trabalho. |