"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14536

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Letizzia Raposo Andrade
Orientador BRUNA WADDINGTON DE FREITAS
Título Caso de perda embrionária precoce e piometra em égua receptora
Resumo A piometra é uma infecção uterina na qual há presença de pus na luz do órgão. Pode ser do tipo aberta, onde é possível observar a saída do conteúdo, ou fechada, onde ocorre acúmulo deste. A contaminação uterina pode ocorrer por agentes externos seja, após a cobertura, inseminação artificial ou manipulação para coleta de embrião ou ainda por via endógena, em que o animal não conseguiu eliminar o exsudato proveniente das glândulas uterinas durante o estro com contaminação bacteriana. Quando a piometra é do tipo fechada, o diagnóstico é um achado de exames de palpação e ultrassonografia transretal, como é o caso a ser relatado. Uma égua com cerca de 8 anos, receptora de embriões, SRD, propriedade da Central Equina de Reprodução – CER, localizada no estado de SP, apresentava-se gestante há 16 dias- época na qual foi feito o diagnóstico gestacional e estava sendo acompanhada - quando ocorreu incidente de atolamento em brejo.O animal foi então examinado por palpação transretal associada à ultrassonografia e recebeu diagnóstico de perda embrionária precoce (P.E.P.), na qual as possíveis causas envolveram o alto nível de cortisol circulante,gerado pelo estresse do ocorrido,enquanto o embrião ainda não havia sido implantado. O animal apresentava bom estado geral, ao exame físico tempo de preenchimento capilar, temperatura e mucosas normais e com frequência cardíaca e respiratória aumentadas,. À inspeção, o animal apresenta vulva edemaciada. À palpação transretal, os cornos uterinos estavam aumentados de volume. À ultrassonografia, observou-se ausência de embrião e grande quantidade de fluido anecogênico com pontos hiperecogênicos no interior do útero. O tratamento se deu com base em lavagens uterinas sucessivas por meio de sonda uterina tipo Foley, sendo que no primeiro dia foram usados 6 litros de solução estéril de Ringer com Lactato acrescido de Botukiller®, um sanitizante intrauterino. No dia seguinte, com 4 litros de solução estéril de Ringer com Lactato, o conteúdo uterino retirado já apresentava aspecto aceitável. Em seguida, foi feito um swab uterino para cultura em ágar sangue, onde cresceram dois tipos de bactérias: Kleibsiella pneumoniae, sensível à amoxicilina com clavulanato, cefalexina, ceftiofur e Streptococcus beta hemolítico, sensível à amoxicilina com clavulanato, ceftriaxona. Fez-se então lavagens sucessivas nos próximos 3 dias e aplicação de 2mL de ocitocina (20UI) via subcutânea após os lavados, para auxiliar na contração uterina, expulsando resquícios do conteúdo. É importante ressaltar o quanto essa doença afeta o calendário reprodutivo de um animal, uma vez que todo o protocolo deve ser reiniciado e a égua atrasa sua aptidão ao recebimento de um novo embrião, uma vez que mesmo sem alterações sistêmicas relevantes, o animal acometido não retorna ao cio devido à falha na produção de PGF2α endometrial. O animal do caso relatado foi reinserido no programa reprodutivo e não apresentou intercorrências uterinas no ciclo subsequente.
Palavras-chave Infecção uterina, perda embrionária precoce, equino
Forma de apresentação..... Vídeo
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