Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12397

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Bruno Leao Nascimento
Orientador JANE SELIA DOS REIS COIMBRA
Outros membros Douglas Fernando Balbino, EDUARDO BASILIO DE OLIVEIRA, Gustavo Leite Milião
Título Formação de complexos coacervados contendo ovalbumina e lactoferrina
Resumo Complexos coacervados são estruturas formadas a partir da associação de biopolímeros opostamente carregados, resultando em separação de fase. Neste caso, pode-se ressaltar as proteínas, macromoléculas que possuem ampla aplicação na indústria de alimentos devido ao seu valor nutritivo, atributos sensoriais e propriedades técnico-funcionais, sobretudo propriedades interfaciais. Dentre elas, a ovalbumina é uma glicoproteína fosforilada sintetizada no oviduto das aves, cuja massa molecular relativa de aproximadamente 45 kDa é composta por 385 aminoácidos (OVA); é a proteína presente em maior proporção em relação à massa total de proteínas da clara do ovo e exibe ponto isoelétrico (pI) de ~ 4,5. Por outro lado, a lactoferrina (LF) é uma glicoproteína presente no leite, que possui elevado pI, ~ 8,0, apresenta capacidade de quelar íons metálicos, principalmente o ferro, além de atividade antimicrobiana. Ela dispõe de aproximadamente 700 aminoácidos em sua estrutura, o que lhe confere uma massa molecular de cerca de 80 kDa. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da modificação de fatores extrínsecos na produção complexos coacervados formados por ovalbumina e lactoferrina. Para isso, foi realizado um estudo dos efeitos da razão molar de interação (OVA:LF – 1:1, 2:1, 4:1, 8:1, 1:2, 1:4 e 1:8) e do pH (3 até 10) na formação dos complexos coacervados, analisando-os em termos de medidas de turbidez (absorbância a 600 nm) e do potencial zeta, a 25 ºC. Resultados mostraram que a máxima interação entre as proteínas ocorreu na razão molar 2:1 e pH 6, uma vez que o sistema apresentou máxima turbidez e valores de potencial zeta próximos a zero, o que indica que houve associação entre os biopolímeros. A atenuação do potencial zeta dos coacervados é um indicativo de que a força motriz que rege a associação entre as proteínas é a interação eletrostática de atração. Portanto, podemos concluir que o efeito do pH e da razão molar de interação são fatores chave na determinação das condições ótimas da associação entre as proteínas na formação dos complexos coacervados heteroproteicos.
Palavras-chave Coacervação, proteínas globulares, interação eletrostática
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,76 segundos.