Resumo |
A aptidão física pode ser definida como a habilidade de realizar tarefas cotidianas com tranquilidade e menor esforço. Entre os componentes da aptidão física relacionada à saúde está a capacidade cardiorrespiratória que, é a capacidade de continuar ou persistir em atividades prolongadas que envolvem grandes grupos musculares, o que a permite ser utilizada como marcador de risco cardiovascular. Dessa forma, avaliá-la já na infância e adolescência é de extrema importância. O objetivo do estudo foi avaliar a aptidão cardiorrespiratória de escolares da cidade de Viçosa-MG. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 80 alunos, sendo 48 meninas e 32 meninos, com idade média de 15,1 ± 0,54 anos, massa corporal média de 59,9 ± 7,40 quilos e estatura média de 1,67 ± 6,6 metros, regularmente matriculados no primeiro ano do ensino médio de uma escola da rede pública. Para avaliação da aptidão cardiorrespiratória foi realizado o Teste de Léger que consiste em corridas de ida e volta em uma distância de 20 metros, que tem seu ritmo determinado por bips emitidos por uma gravação de CD específica. O teste é composto por 17 estágios de 1 minuto cada e sua velocidade inicial é de 8,5 km/h, ocorrendo um aumento de 0,5 km/h por estágio, e o fim de cada um deles é sinalizado por dois bips consecutivos. Os alunos foram submetidos ao teste durante a aula de Educação Física, em grupos de 6 alunos, sendo realizado antes do mesmo um aquecimento de aproximadamente cinco minutos de caminhada leve. Os materiais utilizados foram cones, fita métrica, CD com o ritmo do teste, folha para marcação e a quadra da escola. Após o teste foram realizados os cálculos de VO2max para a amostra e classificados com base nos valores de referência para idade e sexo. Os valores médios de VO2max encontrados foram de 30,8 ml(kg.min)¹ para a amostra total, 29,5 ml(kg.min)¹ para as meninas e 32,7 ml(kg.min)¹ para os meninos. Das 48 meninas participantes do estudo, 83% obtiveram aptidão cardiorrespiratória considerada fraca, 14,6% regular e apenas 2% boa. Em relação aos meninos, dos 32 participantes, 71,9% apresentaram aptidão cardiorrespiratória muito fraca, 12,5% fraca, 12,5% regular e apenas 3,10% boa. Dessa forma, conclui-se que a maioria dos alunos avaliados apresenta uma aptidão cardiorrespiratória fraca, onde a média do VO2max está muito abaixo dos valores de referência tanto para os meninos, quanto para as meninas em relação a faixa etária, o que pode ser um fator desencadeador de doenças cardiovasculares futuras. |