Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11152

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de Educação
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Raquel Amorim Campos
Orientador Juliana Boechat de Souza Paula
Outros membros Júlia Martins Soares, Vanessa Rena Guimarães Silveira
Título Plantando a nova bacia: uma proposta para a bacia do rio Doce baseada em tecnologias sociais para a conservação de solo e de água
Resumo A deficiência na gestão de recursos hídricos, associada ao uso e a ocupação inadequados dos solos e as alterações na dinâmica das chuvas potencializam o déficit hídrico nos pontos de afloramento dos lençóis subterrâneos e a perda da qualidade da água por poluição dos corpos d’água. Como proposta à recuperação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos, o plantio de água é descrito como o conjunto de práticas mecânicas, vegetativas e de cunho sanitário que visam promover a recarga dos lençóis freáticos, como melhorar a qualidade das águas com a implementação de sistemas de tratamento de esgoto doméstico individuais. As práticas são fundamentalmente o cercamento de áreas de preservação permanentes e cursos d’água, a recuperação de matas ciliares com sistemas agroflorestais, a construção de caixas secas e de caixas cheias, a implantação de terraços em curva de nível resultam na melhoria do saneamento rural. O plantio de água tem como metodologia fundamental a pedagogia da autonomia, possibilitando a formação dos sujeitos envolvidos, para que estes sejam aptos a construir, propor e multiplicar o conhecimento prático e teórico construídos com a participação desses sujeitos, em que os aspectos socioambientais locais são considerados. O convênio entre a Universidade Federal de Viçosa e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agrário (2018) firmado via o Núcleo de Educação no Campo e Agroecologia buscou implementar o plantio de água, somado aos quintais produtivos, os sistemas agroflorestais e o manejo agroecológico de criação animal, em três municípios da Bacia do rio Doce: Barra Longa, Cajuri e Viçosa. O convênio intitulado “Zona Matalúrgica: readoçando o rio a partir do manejo coletivo dos saberes agroecológico” teve como objetivo a adequação de seis propriedades rurais para que fossem consideradas unidades de referência agroecológicas nos três munícipios citados. O convênio buscou fomentar a recuperação e equilíbrio dos ecossistemas da bacia, a partir dos saberes e dos pilares da agroecologia, somados ao desenvolvimento das tecnologias sociais. O trabalho teve como consequência o empoderamento dos agricultores e agricultoras, com a emancipação e fortalecimento dos conhecimentos populares. Mutirões foram realizados nas propriedades que receberam as tecnologias sociais, assim como intercâmbios e oficinas de capacitação agroecológica. Como resultado do projeto realizaram-se um seminário de apresentação do projeto, cinco (5) mutirões e três (3) intercâmbios no município de Barra Longa, assim como dois (2) intercâmbio e quatro (4) mutirões no munícipio de Cajuri, e um (1) intercâmbio e dois (2) mutirões no munícipio de Viçosa. Percebeu-se a necessidade de se realizar mais trabalhos capazes de promover a participação efetiva dos agricultores e agricultoras no processo de construção de conhecimento e das ações que visam melhoria nos ecossistemas naturais, para que com isso, estes sejam os agentes de efetiva transformação dos locais em que habitam.
Palavras-chave agroecologia, bacia do rio Doce, plantio de água
Forma de apresentação..... Painel
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