Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9761

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Izabella Rocha Peixoto Lima
Orientador Paulo Sérgio de Arruda Pinto
Outros membros Bruna Torres Furtado Martins, Juliana Líbero Grossi, LUIS AUGUSTO NERO, RICARDO SEITI YAMATOGI
Título Rastreamento molecular da contaminação por Salmonella spp., Listeria monocytogenes e Yersinia enterocolitica em cadeias produtivas de carne suína: from farm to fork.
Resumo A carne suína é a principal fonte de proteína de origem animal produzida no mundo, conforme dados do United States Department of Agriculture - USDA, representando 47,6% da produção total de carne, contra 29,6% e 22,8% de carne bovina e de aves, respectivamente. Nos dias atuais é evidente a necessidade de um controle adequado, assim como a identificação de focos de contaminação de diferentes micro-organismos patogênicos nas cadeias produtivas de carne suína. Entre os patógenos associados à cadeia produtiva de carne suína, Salmonella spp., Listeria monocytogenes e Yersinia enterocolitica merecem destaque, e a resistência dos mesmos a antibiótico é uma preocupação em relação à saúde do consumidor. O objetivo desse estudo é a avaliação da contaminação por Salmonella spp. na cadeia produtiva de suínos e de seu perfil genético e possíveis resistências antimicrobianas. As cepas de Salmonella spp. utilizadas foram coletadas em duas granjas de suínos e um matadouro-frigorífico localizado na região de Ponte Nova (MG). Os isolados foram estocados em ágar nutriente e posteriormente plaqueados em ágar de desoxicolato-lisina-xilose (XLD) e incubados a 37ºC durante 24 horas. Uma colônia de Salmonella spp. foi selecionada e inserido em tubos com Brain Heart Infusion (B.H. I) caldo a 37ºC por 24 horas para extração do DNA por método de fervura. Foi realizada a confirmação pela técnica da PCR com os genes alvo (blaTEM, catA1, floR, aphA2, nimA-like, sul1, sul2, strA, tetA, strA, tet(A), sanA, ZOO55 ) específicos para Salmonella spp. e corrida de gel em eletroforese para a visualização das bandas. Foi realizado o teste de Concentração Inibitória mínima (MIC) com a diluição seriada dos antibióticos Ampicilina, Cefoxitin, Clorafenicol, Estreptomicin, Ceftozidine, Gentamicina, Tetraciclina, Ciprofloxacina, Ertapenem, Meropenem, Kanamicina, Sulfa mais Trimetropim. 20 isolados de Salmonella spp. foram confirmados através da PCR, e ao analisar as bandas da eletroforese, foi constatado que todos os isolados são positivos para o gene de resistência sul1, sul2, sanA, nimA-like, catA1 e tet(A), 19 ZOO 55, 14 ao aphA-2, 12 ao strA, 11 ao blaTEM,, 9 ao floR, e 5 ao tet(A2), e pelo teste de MIC, 15 demonstraram resistência à estreptomicina (nas concentrações de 128 μg/mL, 64 μg/mL, e 32 μg/mL) 14 à tetraciclina (64 μg/mL), 13 à clorafenicol, 9 à ampicilina (128 μg/mL), 8 à ciprofloxacina (2 μg/mL), 6 à sulfa + trimetropim( 4 + 76 e 16 + 304 μg/mL), 5 à gentamicina (32 e 16 μg/mL), 5 à cefoxitina (32 e 128 μg/mL), 2 à meropenem (16 μg/mL) e ceftazidime (64 μg/mL), apenas 1 à ertapenem (2 μg/mL), e todos foram sensíveis à Kanamicina. Com isso, estudo demonstrou que é possível encontrar Salmonella spp. na cadeia produtiva da carne de suína. Foram obtidos isolados positivos para os 12 genes de virulência assim como confirmado a presença de resistência a 19 dos 20 antibióticos testados, o que sugere um risco a saúde do consumidor em caso de contaminação.
Palavras-chave Salmonella, Resistência, Virulência
Forma de apresentação..... Painel
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