Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10242

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Linguística, Letras e Artes
Setor Departamento de Letras
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Keven Xavier do Carmo
Orientador APARECIDA DE ARAUJO OLIVEIRA
Outros membros Kelly Yasmin Belarmino Almeida
Título Coleta e tratamento de dados em pesquisa sobre interlíngua
Resumo Interlíngua é o sistema linguístico construído por um aprendiz no seu caminho da aquisição de qualquer língua não materna (SELINKER, 1972). De acordo com Schachter (1994), trata-se de um processo de criação de hipóteses sobre a língua alvo, as quais são testadas pelo aprendiz no seu discurso. Nesta apresentação, descrevemos a metodologia de pesquisa empregada no projeto "O papel da gramática de L1 na aquisição do aspecto verbal do português como L2", que investiga a interlíngua de aprendizes de português como língua não materna (L2), focando na maneira como expressam a temporalidade em sua fala. Os sujeitos investigados são estrangeiros de diferentes nacionalidades, cujo tempo de residência no Brasil varia; a maioria deles tem algum tipo de vínculo com a UFV, e todos são voluntários. Esta investigação se apoia no funcionalismo (KLEIN, 1986) e pressupõe a análise baseada em dados da fala dos participantes. Posteriormente, serão analisados mapeamentos forma-função identificados em narrativas orais obtidas. Para isso, o estudo prevê a construção de um corpus dinâmico de fala de voluntários, com um mínimo de 80 participantes, sendo 60 aprendizes estrangeiros (20 de cada grupo linguístico) no grupo de pesquisa, e 20 falantes nativos de português brasileiro (PB) no grupo controle. Trata-se de um estudo transversal, com uma coleta de dados gerados em sessões individuais de gravação de uma narrativa oral baseada no livro de estória infantil Frog, where are you?. Posteriormente, cada narrativa é transcrita seguindo as “convenções Jefferson” (GARCEZ et al., 2014) para registrar tempos de pausa e hesitação, interrupções, entonação, sílabas enfatizadas, etc. Para as palavras, é empregada a grafia padrão do português, sendo que a grafia modificada é usada para registrar formas que variam fonética e/ou morfologicamente da língua alvo. Os padrões de glosas de Slobin (1985) são códigos gramaticais para as funções (significados) linguísticas e são empregados apenas para a função sob investigação. Isto é, em nosso estudo sobre temporalidade, empregamos glosas como ADV (adjunto adverbial), PAST (passado) e PFV (aspecto perfectivo). Esses códigos serão de grande utilidade para busca automática no corpus eletrônico. O uso do alfabeto fonético é reservado para a transcrição de variações fonológicas na interlíngua, tais como nos ditongos nasais da língua portuguesa que são de difícil pronúncia para muitos estrangeiros e, portanto, a forma pronunciada precisa ser transcrita foneticamente. Após esse processo de transcrição, os dados são analisados seguindo os objetivos específicos da pesquisa por meio de análise partindo da forma ou partindo do conteúdo (BARDOVI-HARLIG, 2000).
Palavras-chave Interlíngua, metodologia, coleta de dados
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,65 segundos.