Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7140

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação, política e movimentos sociais
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Tainara Emilia Rosa
Orientador MARCELO LELES ROMARCO DE OLIVEIRA
Outros membros ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA, Bruno Costa da Fonseca
Título Educação Popular e a resistência a construção de barragens na Zona da Mata Mineira
Resumo A Educação Popular proposta por Paulo Freire tem como pressupostos a formação de consciência política calcada no diálogo e nas experiências de vida de cada sujeito. Pensando nessa reflexão da Educação libertadora como fomentadora de consciência política, o presente trabalho de pesquisa teve como finalidade analisar o processo de Educação Popular promovido pelos movimentos de resistência a construção de barragens na Zona da Mata Mineira. Como mote de análise o projeto se projetou em análises do Movimento dos Atingidos por Barragens na Zona da Mata Mineira (MAB) e em atores ligados à Igreja Católica. A pergunta central foi como esses grupos trabalham com a perspectiva de Educação Popular preconizada por Paulo Freire e como essa perspectiva tem ajudado a construir estratégias de resistências contra barragens na Zona da Mata Mineira. Para alcançar os objetivos utilizou-se como principais procedimentos metodológicos entrevistas com membros do MAB, lideranças ligadas a Igreja Católica e como suporte secundário utilizou-se da pesquisa bibliográfica e documental nos arquivos do Projeto de Assessoria de Comunidade Atingidas Por Barragens (PACAB). O debate teórico sobre a Educação Popular como formadora e contribuinte de aprendizagem e como elemento emancipador encontrou base nos trabalhos do educador Paulo Freire (2001) e da socióloga Maria da Glória Gohn (2011) que apontam para existência de uma produção de conhecimentos em outros espaços fora da sala de aula. Nesse contexto, os autores afirmam que os Movimentos Sociais como, por exemplo, o MAB são espaços importantes de formação dos sujeitos. Para os autores a força do movimento está na organização de pessoas conscientes, lutando de forma democrática, participativa e emancipatória, e isto se torna possível, por exemplo, através dos Grupos de Base, que consiste na formação de pequenos grupos que se reúnem para debater, elaborar propostas, unificar entendimentos, sanar dúvidas e a partir disso iniciar as ações. Portanto, estes grupos se constituem como um espaço de aprendizado para formação dos militantes. Fonseca e Fiúza (2015) afirmam que os movimentos de organização e mobilização de comunidades rurais, sobretudo dos atingidos por barragens, contam com grande participação de membros e líderes da Igreja Católica Progressista, criando espaços de diálogos entre a comunidade e representantes da empresa construtora da barragem. Nesse jogo de resistência os autores apontam que a Igreja Católica quando se posicionam em defesa dos atingidos tem papel preponderante nesse processo de Educação e transformação social. Como resultado a pesquisa apontou que a possibilidade da construção de espaços de diálogos pensando dentro da perspectiva da Educação Popular promovida pelos movimentos sociais como o MAB ou por atores ligados a Igreja Católica têm sido fundamentais para formação, emancipação, elaboração de estratégias e, sobretudo, aquisição de consciência de direitos e deveres dos atingidos por barragens.
Palavras-chave educação, movimentos sociais, atingidos por barragens
Forma de apresentação..... Painel
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