Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7080

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Doenças, reprodução e comportamento animal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Juliana Alves do Vale
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Gabriela Alves Moreira, Graziela Domingues de Almeida Lima, GUSTAVO COSTA BRESSAN, Victor Hugo Sousa Gonçalves
Título Biometria de órgãos de animais com tumor subcutâneo induzido com células da linhagem B16-F10 em diferentes concentrações
Resumo O câncer é um problema mundial de saúde pública, visto que apresenta altas taxas de mortalidade. O melanoma tem se destacado nesse contexto, pois corresponde a 75% de todas as mortes de câncer de pele no mundo. Seu alto índice de letalidade está relacionado com a capacidade de gerar metástases em outros órgãos, sendo a própria pele, o pulmão, o fígado e o cérebro seus principais órgãos-alvo. Um modelo já consolidado para o estudo do melanoma é o de células B16-F10 inoculadas em camundongos C57BL/6. Esse modelo permite avaliar a formação de metástases em órgãos distantes e as possíveis alterações biométricas após o uso de fármacos. No entanto, não foi encontrado na literatura informações sobre o efeito de diferentes concentrações de células de melanoma, usadas para induzir tumores sólidos, sobre o peso animal, o peso dos órgãos, bem como o peso do tumor. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar esses parâmetros em animais inoculados com três concentrações diferentes de células de melanoma murino B16-F10. Para isso, 24 camundongos machos C57BL/6 foram pesados e distribuídos aleatoriamente em quatro grupos experimentais (n=6/grupo). Animais do grupo 1 foram inoculados com células B16-F10 na concentração de 1x105, enquanto que animais dos grupos 2 e 3 foram inoculados, respectivamente, com as concentrações de 2x105e 4x105. Animais do grupo 4 (controle) foram inoculados apenas com PBS. O volume tumoral foi mensurado a cada dois dias com auxílio de paquímetro. Os animais foram pesados e eutanasiados quando o primeiro animal de cada grupo apresentou tumor com o volume de 3000 mm³. Órgãos como fígado, pulmão, coração, rins, baço e cérebro, além do tumor, foram coletados, pesados e fixados em Karnovsky. Os pesos relativos foram calculados utilizando a seguinte fórmula: Peso relativo (g/100g) = Peso do órgão (g) X 100/ Peso corporal final do animal (g). Os resultados obtidos foram analisados por ANOVA, seguido pelo teste de Student-Newman-Keuls, ou através do teste não paramétrico Kruskal-Wallis, seguido pelo teste de Dunn, de acordo com as características de cada variável, a 5% de significância. Não foram encontradas diferenças entre os grupos experimentais para o peso do animal e peso tumoral (P > 0,05). Já as análises biométricas dos órgãos mostraram que o fígado dos animais pertencentes aos grupos 1 e 2 apresentaram peso absoluto médio maior que o valor encontrado para animais controle. Observou-se que animais do grupo 2 também apresentaram um valor médio maior de peso relativo quando comparados aos animais controle. O baço de animais do grupo 1 apresentou a média para o peso absoluto maior que animais do grupo controle. Já o cérebro apresentou peso relativo médio menor nos grupos 1, 2 e 3 em relação ao controle. Não foram observadas diferenças entre os grupos para os demais órgãos avaliados (P> 0,05). Portanto, pode-se concluir que houve alteração na biometria de órgãos nas diferentes concentrações celulares testadas.
Palavras-chave Melanoma, Tumor subcutâneo, biometria
Forma de apresentação..... Painel
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