ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Pós-graduação |
Modalidade | Ensino |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Literatura comparada |
Setor | Departamento de Letras |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Marcelo René Gomes Pérez |
Orientador | GRACIA REGINA GONCALVES |
Título | O Ser Ou Não Ser do Masculino : uma abordagem de A Fantástica Vida Breve de Oscar Wao e Drown de Junot Díaz. |
Resumo | A partir do final dos anos 40, uma grande parte da população caribenha imigrou para os Estados Unidos, convertendo este acontecimento em um marco de extrema importância no processo de revisão da ideologia racial e das subjetividades implicadas no mesmo. A partir de então, ocorre uma projeção e conseqüente crítica do que viria a se constituir a identidade destes imigrantes, suas noções de pertencimento a um ou outro universo, e uma crescente indagação quanto à adequação ou estranheza do sistema no qual se viram instalados. Dentre os representantes destes movimentos diaspóricos, ressalta-se a República Dominicana, em grande proporção, durante a ditadura do Coronel Trujillo, de 1930 a 1961, a qual tem se propagado até os dias de hoje. Neste contexto, torna-se relevante a discussão das interfaces culturais que estabelecem as relações sociais, em especial, o gênero como um construto ideológico Este trabalho tem, portanto, como objeto de estudo, a crítica do conceito de "masculino", a partir do perfil do estereótipo do homem latino-americano, como se depreende do conto Fiesta,1980", história que consta da coletânea Drown (1996)– e do romanceA Fantástica Vida Breve de Oscar Wao(2007), ambos do dominicano, radicado nos Estados Unidos, Junot Díaz. No primeiro caso, vê-se um olhar de criança a nos expor a figura radical do pai, a quem reage com convulsões estomacais psico-somáticas, por ocasião de numa reunião familiar, por temer a reação deste, caso venha a sujar o veículo da família; no segundo, que cobre três gerações,tem-se um nerd do gueto, perdido entre o passado malfadado da família, exilada por força do sistema corrupto do ditador, e um futuro incerto, de uma total falta de perspectiva e falta de identidade, obeso,e, fora portanto do padrão do latino sedutor, ou do bem sucedido americano. Em ambos, portanto, vêem-se retratados seus protagonistas em conflito, colocados face a face com uma estrutura social gessada em torno de um imaginário comum que somente reconhece a identidade masculina a partir de certos parâmetros excludentes; esta se vê, assim, estereotipada e fruto de determinados juízos, que Díaz tende a desconstruir. Acredito que na representação que faz do fenômeno, ele exponha a fragilidade de tais crenças, usando-as como um mecanismo na construção da identidade masculina dos dominicano-americanos, fazendo-as serem vistas como uma medida de caráter compensatório de sua alteridade. Portanto, propomos explorar o fator do ponto de vista espacial/ histórico, em diálogo com o gênero, evidenciando, quer por adesão, quer por rejeição, a influência do mito do ditador na constituição de tais subjetividades. Tal argumentação se fará à luz dos estudos sobre o poder de Michel Foucault, de raça e Díaz de Bridget Kevane, e, a exemplo de sua relação com o espaço, de Neely Brooke e Michelle Samura; quanto, ao campo do gênero, Judith Butler, Elisabeth Badinter, Jay Martin bem outros no âmbito da crítica nacional me servirão de apoio. |
Palavras-chave | Caribe, Masculiino, Díaz |
Forma de apresentação..... | Oral, Painel |