Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7061

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Solos e água
Setor Departamento de Solos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Marllon Fialho de Castro
Orientador TEOGENES SENNA DE OLIVEIRA
Outros membros Bruno Eustáquio Cirilo Silva, Fernanda Daniele de Almeida Valente
Título Fluxo de CO2 em área pós mineração de bauxita em processo de recuperação com eucalipto
Resumo A mineração é uma atividade de grande importância para a economia brasileira, responsável por gerar renda e emprego para um grande número de pessoas. Uma característica marcante desse setor é o grande impacto ambiental causado, alterando as características físicas, químicas e biológicas do solo. A quantificação do fluxo de CO2 nas áreas afetadas pela mineração ajuda a compreender o processo de recuperação biológica e a eficiência das práticas de manejo adotados. O objetivo desse trabalho foi avaliar o fluxo de CO2 em uma área cultivada com eucalipto em comparação com uma área sem planta e uma área de vegetação nativa local. O estudo foi realizado no município de São Sebastião da Vargem Alegre, Minas Gerais, em área onde houve extração de bauxita pela Votorantim Metais. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados com três repetições, com parcelas formadas por eucalipto (Eucalyptus urograndis). Para a estimativa do fluxo de CO2 foram instaladas nas linhas e entrelinhas de plantio destas parcelas, em triplicatas no solo, câmaras feitas de PVC (0,20 x 0,20 m), e, também, em duas áreas de referência (mata atlântica e área sem planta). Foram realizadas seis coletas durante um ano e o gás emitido foi coletado com auxílio de seringas nos tempos 0, 10, 20 e 40 mim após o fechamento das câmaras, para posterior leitura em analisador de amostras gasosas CRDS (cavity ring-down spectroscopy; Picarro, Sunnyvalle, CA). Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 10 % de probabilidade. De modo geral observou se que os maiores fluxos de CO2 ocorreram na época chuvosa, fato que é explicado pela elevação da atividade microbiana na presença de maior umidade no solo. Ao comparar as médias anuais de emissão de CO2 do solo sob eucalipto e pela mata remanescente, verificou se que o eucalipto emitiu 161,91 mg m-2 h-1, representando 65% da mata remanescente, que emitiu 248,07 mg m-2 h-1. A área sem planta, onde não há a presença de serapilheira, apresentou uma emissão de CO2 de 29,70 mg m-2 h-1, valor que é 5,5 vezes menor do que a área de eucalipto. A diferença do fluxo de CO2 entre o eucalipto e a área sem planta mostra a importância do uso dessa cultura para a recuperação da qualidade do solo e retrata a baixa atividade biológica de solos sem cobertura vegetal. Pode se concluir que nas épocas chuvosas há maior fluxo de CO2. A mata remanescente utilizada como referência apresentou fluxo de CO2 igual ou maior do que todas as outras áreas durante o ano. A área sem planta obteve o menor fluxo de CO2 em todo o ano.
Palavras-chave Áreas degradadas, florestas plantadas, gases de efeito estufa
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,66 segundos.