Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7037

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Meio Ambiente e Conservação da Natureza
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Tamara Braga dos Santos
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Eliana Boaventura Bernardes Moura Alves, Lauana Blenda Silva, Mirza Lago Bezerra, Vicente Toledo Machado de Morais Júnior
Título Inventário e neutralização de gases de efeito estufa da 86ª Semana do Fazendeiro
Resumo Atividade antrópicas, como queima de combustíveis e desmatamento, contribuem para o aumento da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), acelerando o fenômeno das mudanças climáticas. Nesse contexto, é necessário definir e aprimorar meios de mitigar os impactos gerados. A neutralização de GEE e redução de emissões são alternativas de retirar da atmosfera os gases oriundos de atividades humanas, que contribuem para a mudança do clima. Neste sentido objetivou-se com o estudo realizar o inventário de GEE da 86ª Semana do Fazendeiro, o cálculo da compensação das emissões por meio do plantio de mudas de espécies nativas e a identificação de medidas de redução das emissões. Para a definição do limite operacional, três escopos foram definidos, nos quais as emissões foram enquadradas em diretas, indiretas e outras emissões indiretas, compondo os escopos 1, 2 e 3, respectivamente. Posteriormente, procedeu-se a coleta de dados e o cálculo das emissões de GEE. Os GEE quantificados foram o dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. No escopo 1 foram computados os dados de combustão móvel dos veículos internos; combustão estacionária, referente a biomassa e gás liquefeito de petróleo, e pecuária. No escopo 2 foram consideradas o consumo de energia elétrica na área do evento e pela Estação de Tratamento de Água da UFV, bem como o tratamento de efluentes. Já no escopo 3, foram quantificadas as emissões do deslocamento de veículos externos à UFV; combustão estacionária, oriundas das atividades do preparo de alimentos na praça de alimentação e nas lanchonetes; resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos gerados pelos participantes do evento. As emissões do plantio também foram incluídas no inventário, oriundas do transporte de mudas e adubação nitrogenada. As emissões foram avaliadas considerando os escopos 1, 2 e 3, perfazendo um total de 69,883 tCO2e. As atividades que mais contribuíram dentro do escopo 1 foram a combustão estacionária de biomassa e combustão móvel dos veículos internos da UFV enquanto que, no escopo 2, a energia elétrica foi a maior fonte. A decomposição dos resíduos sólidos, compreendida no Escopo 3, foi a principal fonte, totalizando 81,6% das emissões da 86ª Semana do Fazendeiro. A partir do inventário, foi possível definir o número de árvores necessárias para compensar ou neutralizar as emissões, totalizando 467 mudas, considerando um horizonte de 30 anos. À partir do monitoramento da área observou-se a sobrevivência 92% dos indivíduos plantados. Dessa forma, o inventário de GEE da 86ª Semana do Fazendeiro apresentou-se como uma ferramenta essencial para se conhecer o perfil de emissões do evento, identificando as principais fontes emissoras e tornando possível identificar medidas para redução destas emissões. Com relação à principal fonte emissora, incentivar a coleta seletiva no campus, minimizar o uso de embalagens descartáveis e melhorar a estrutura de recolhimento dos resíduos recicláveis, são alternativas viáveis a serem implementadas.
Palavras-chave Mudanças climáticas, emissões, remoção de carbono
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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