Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7036

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Informações Geográficas
Setor Departamento de Engenharia Civil
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Priscila de Lima e Silva
Orientador EDER TEIXEIRA MARQUES
Título Cálculo dos números geopotenciais para segmentos da Rede Altimétrica Fundamental do Brasil
Resumo As altitudes científicas derivam dos números geopotenciais, sendo por isso, uma função unívoca. Definir a altitude é fundamental para a completa realização de um sistema de posicionamento 3D. O Brasil adota a altitude científica ortométrica. Para sua determinação deve-se conhecer os valores da gravidade e dos desníveis geométricos ou conhecer a gravidade média ao longo da linha do prumo entre o geoide e o ponto na superfície terrestre. Como as superfícies equipotenciais não são paralelas pode-se também aplicar a correção ortométrica nos desníveis geométricos e assim corrigir esse não paralelismo. Fica evidente que a determinação da altitude ortométrica não corresponde apenas ao somatório simples dos desníveis, é necessário determinar o número geopotencial,ou seja, calcular o trabalho realizado para transportar uma unidade de massa entre duas superfícies equipotenciais. Neste estudo foi determinada a diferença nos valores da altitude ortométrica realizada pelo IBGE e as calculadas a partir do número geopotencial. Foi realizado o transporte da altitude ortométrica considerando o número geopotencial e assim foram calculadas as altitudes científicas dos pontos da Rede Fundamental Altimétrica do Brasil (RFAB). Foram utilizados os arquivos das RNs e estações gravimétricas disponibilizadas pelo IBGE. Neste transporte partiu-se da RN 2150V localizada no litoral de São Paulo, chegando a algumas estações do estado de Minas Gerais. Foi feita a interpolação das informações gravimétricas, para obtenção da gravidade em pontos da RFAB. Como em pontos próximos o não paralelismo entre as superfícies equipotenciais é desprezível foi calculado o valor da correção ortométrica para seções com erros altimétricos menores do que a tolerância para a classe IIN. A partir da diferença do potencial, calculado através da latitude, longitude, altitude geométrica, ortométrica e gravidade, foi calculado o número geopotencial, e feito a análise de discrepância, para os pontos que possuíam tais informações. Aplicou-se o ajustamento dos números geopotenciais através do método correlato e depois foi efetuado o transporte das altitudes ortométricas. Realizado o transporte das altitudes verificou-se que a discrepância nos desníveis é diretamente proporcional à distância do ponto inicial. No ponto mais distante esse valor foi de 84 mm. Para algumas aplicações em geodésia esta diferença pode ser significativa. É importante deixar claro que para esta análise partiu-se do litoral paulista e, na estação 3034P em Sacramento, a diferença foi de 68 mm. Pode-se inferir que a discrepância seria bem maior caso fosse utilizado como ponto de partida o datum altimétrico em Imbituba, SC. Na obtenção da altitude a partir da diferença de potencial a discrepância não foi significativa, no entanto devido à escassez de informações a análise foi restrita, somente para três pontos, estudos em outras áreas com mais informações devem ser realizados para gerar conclusões de maior confiabilidade.
Palavras-chave Números Geopotenciais, Altitude Ortométrica, Rede Altimétrica Fundamental do Brasil
Forma de apresentação..... Painel
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