Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7035

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor João Paulo Honorato Machado
Orientador EDUARDO SEITI GOMIDE MIZUBUTI
Título Sensibilidade de isolados de Alternaria grandis aos fungicidas clorotalonil, azoxistrobina e boscalida
Resumo Nos últimos anos, em cultivos de batata, uma das doenças mais destrutivas tem sido a pinta preta, causada pelo fungo Alternaria grandis. Para se evitar perdas de produção decorrentes de epidemias de pinta preta tem-se aplicado grande quantidade de fungicidas. Alguns dos fungicidas mais utilizados são clorotalonil (CT), azoxistrobina (AZ) e boscalida (BC). Mesmo sendo uma forma eficiente de controle, indivíduos resistentes podem ser selecionados devido ao uso intensivo, principalmente AZ e BC que são fungicidas sítio-específicos. O objetivo geral do trabalho foi avaliar a sensibilidade de isolados de A. grandis aos fungicidas CT, AZ e BC. Para CT foram realizados ensaios de inibição do crescimento micelial utilizando 46 isolados, nos quais discos de micélio (5 mm de diâmetro) foram transferidos para placas de Petri com BDA adicionado de 25; 50; 100; e 1.000 μg/mL de CT diluído em dimetilsulfóxido (DMSO). O controle utilizado foi BDA + DMSO. Realizaram-se também ensaios de inibição da germinação de conídios. O número de isolados avaliados para CT, AZ e BC foi 32, 32 e 36 respectivamente. As doses para AZ e BC foram 0,001; 0,01; 0,1; 1; e 10 μg/mL e para CT, 25; 50; 100; e 1.000 μg/mL. Uma gota de suspensão de conídios em água destilada (SCA) foi misturada a uma gota de suspensão fungicida + solvente (DMSO para CT e BC; e acetona para AZ) sobre lâminas de microscopia. Para AZ adicionou-se ácido salicil-hidroxâmico (SHAM) diluído em metanol. O controle para CT e BC foi SCA + DMSO, e para AZ utilizou-se SCA + acetona + SHAM + metanol. As lâminas foram colocadas em caixas gerbox forradas com papel umedecido, mantidas a 25 Cº, no escuro. Após 12 h, quantificou-se a germinação de 100 conídios em cada unidade experimental. O delineamento foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. A DE50 foi estimada por regressão linear dos valores obtidos de inibição do crescimento micelial e da germinação de conídios pelo log das concentrações. Houve perda de sensibilidade de alguns isolados a AZ e BC. Todos isolados foram sensíveis ao CT. Oito isolados resistentes a AZ e BC foram selecionados para serem obtidas sequências das regiões genômicas comumente associadas a resistência a fungicidas sítio-específicos. Os isolados Irati40, Paraná3 e SulMG foram resistentes aos dois fungicidas. Os isolados Irati0, AS248, Paraná2, BAT-C-EXP02-10 e Uberlândia foram resistentes a apenas um deles. A resistência aos fungicidas AZ e BC podem reduzir a eficiência do controle químico. Assim, o manejo adequado deve ser adotado para o uso racional destes produtos, principalmente daqueles sítio- específicos.
Palavras-chave pinta preta, sensibilidade, controle químico
Forma de apresentação..... Painel
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