Resumo |
O Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de Viçosa (BGH-UFV) detém cerca de 350 acessos de C. moschata , o que representa elevada importância na preservação da diversidade genética e sustentabilidade dessa cultura. O germoplasma de C. moschata desse Banco é mantido em câmeras frias com condições controlada de temperatura e umidade e mantidas a curto prazo. Embora constitua um recurso estratégico para o melhoramento da cultura, a inexistência da análise de viabilidade de sementes na ocasião de sua recepção no Banco e as dificuldades associadas às contínuas multiplicação e regeneração de um elevado número de acessos, podem constituir entraves à garantia da viabilidade desse germoplasma. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo a análise da viabilidade de sementes do germoplasma de abóbora do BGH-UFV. Foram avaliadas as sementes de 202 acessos de C. moschata do BGH-UFV e de uma testemunha, o híbrido comercial Tetsukabuto. Os acessos foram preliminarmente divididos em lotes, formados com base em suas datas de introdução ou regeneração. Foram formados 5 lotes, alocando-se a estes os acessos cujas introduções e/ou regenerações ocorreram no mesmo quinquênio. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, sob condições ideais para a germinação de sementes, no período de janeiro de 2016, no Campo Experimental do Departamento de Fitotecnia da Universidade de Viçosa, “Horta Velha”. A semeadura foi realizada em bandejas de poliestireno expandido com 72 células, utilizando-se o substrato comercial Topstrato HT Hortaliça®. Foram avaliados as porcentagens de acessos com germinação satisfatória (AGS), de sementes duras (SD), de sementes dormentes (SD) e sementes mortas (SM), além do índice da velocidade de germinação (IVG) e tempo médio de germinação (TMG), Brasil (2009). Após a testemunha (100%), o L5 apresentou a maior porcentagem de acessos com germinação satisfatória (89%), seguido do L4 (74%). A menor porcentagem de acessos com germinação satisfatória correspondeu ao L2 (36%), apontando para o risco de perda do germoplasma desse lote. As menores porcentagens de sementes dormentes e mortas corresponderam ao L5, evidenciando a maior viabilidade dos acessos com datas de introdução ou multiplicação mais recentes. Após a testemunha (21), o L5 apresentou o maior índice de velocidade de germinação. O L1 apresentou o menor tempo médio de germinação (5.96 dias), seguido d L5 (6,21 dias), demonstrando que esta variável é determinada pelas características inerentes a cada acesso, dependendo em menor magnitude do tempo de armazenamento. Conclui-se que os acessos do BGH-UFV com multiplicação ou regeneração mais recentes apresentam maior viabilidade. A regeneração mais frequente é essencial na manutenção da viabilidade do germoplasma de C. moschata do BGH-UFV. |