Resumo |
O glyphosate é o herbicida mais utilizado em plantios de eucalipto devido ao seu baixo risco ambiental e espectro de controle. Contudo, a elevada frequência de aplicação tem selecionado espécies tolerantes e/ou resistentes a esta molécula fazendo-se necessário a associação de métodos de controle. A mistura entre o glyphosate e 2,4-D, é uma estratégia que vem sendo utilizada para eliminar espécies dicotiledôneas de difícil controle pelo glyphosate. Desta maneira, faz-se necessário avaliar os possíveis impactos relacionados à deriva acidental de herbicidas em eucalipto, bem como o uso de bioreparador de danos como Fertiactyl Pós que proporciona a recuperação de plantas intoxicadas. Diante do exposto, objetivou-se avaliar os danos causados pela deriva simulada dos herbicidas glyphosate, 2,4-D e glyphosate + 2,4-D em aplicações isoladas e em mistura com Fertiactyl Pós. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com três repetições e em esquema fatorial 3 x 2 + 1, consistindo em três herbicidas: 2,4-D (680 g ha-1), glyphosate (1.440 g ha-1) e da mistura em tanque de 2,4-D + de glyphosate (680 g de ha-1 + 1.440 g ha-1), e duas doses de fertiactyl pós: 0 e 3,0 L ha-1, além de uma testemunha sem aplicação. Os tratamentos foram aplicados 150 dias após o transplantio das mudas quando estas apresentavam altura média de 111,4 cm. Imediatamente antes da aplicação dos tratamentos, a copa do eucalipto foi protegida com sacos de polietileno, permitindo que a deriva atingisse apenas o terço inferior do dossel. O diâmetro e altura de plantas foram mensurados aos 0, 10, 20, 30 e 40 dias após a aplicação (DAA). Já as avaliações de intoxicação das plantas de eucalipto foram realizadas aos 10, 20, 30 e 40 DAA, mediante escala visual que varia entre 0% e 100%. A adição do fertiactyl pós à calda química de glyphosate e 2,4-D reduz a intoxicação das plantas de eucalipto quando submetida à deriva. Contudo, a adição do fertiactyl pós não é eficiente quando estes dois herbicidas são misturados em tanque. |