Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7025

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Tecnologia da madeira, celulose e papel
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Mateus Alves de Magalhães
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros Carlos Miguel Simões da Silva, Jéssica Dornelas Soares, Matheus Perdigão de Castro Freitas Pereira, Thaís Pereira Freitas
Título Reator para tratamento térmico de biomassa
Resumo A biomassa é considerada uma fonte combustível alternativa com grande potencial de utilização em virtude das diversas vantagens econômicas, políticas e socioambientais que envolvem as suas etapas de produção e consumo. No entanto, apresenta baixa competitividade dentro do atual mercado de energia, dentre outros motivos devido a sua qualidade energética inferior aos dos combustíveis de origem fóssil. Os tratamentos térmicos surgiram como alternativa para promover um incremento na qualidade energética das biomassas, tornando-as mais atrativas e valorizadas dentro mercado de energia. Dentre as principais características das biomassas termicamente tratadas, com relação às matérias-primas in natura, podem-se citar os menores valores de umidade, higroscopicidade, oxigênio elementar e voláteis, além dos maiores valores de poder calorífico, teor de carbono elementar, resistência à degradação biológica. Nesse contexto, foi desenvolvido no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira, um equipamento para torrefação da biomassa, que se aplica ao tratamento térmico de diferentes biomassas agrícolas e florestais, nas condições granulada, particulada, cavaqueada ou peletizada. O reator do tipo rosca sem fim consiste de quatro componentes básicos, sendo o sistema de transporte de biomassa, de aquecimento, de resfriamento e de exaustão dos gases. O sistema de transporte consiste de uma rosca sem fim, acionada por um motoredutor, que conduz a biomassa por meio de uma tubulação metálica do silo de alimentação, passando pelos estágios de aquecimento e resfriamento até a saída do reator. O sistema de aquecimento é composto por um queimador pirolítico de biomassa, que fornece gás quente para uma “camisa” que reveste a secção de torrefação. A torrefação ocorre de forma indireta, por meio da troca de calor entre o gás de aquecimento e a tubulação metálica, e desta com a biomassa. O sistema de resfriamento, localizado ao final da etapa de aquecimento é baseado no arrefecimento da sua tubulação, por meio de troca indireta de calor com a água em circulação constante. O sistema de exaustão dos gases é composto de duas etapas, sendo a primeira referente à retirada do gás de aquecimento advindo do queimador pirolítico, retirado com auxílio de um exaustor elétrico, localizado na extremidade oposta à entrada desse gás. E a segunda, referente à retirada dos vapores d’água e materiais voláteis produzidos durante o tratamento térmico, sendo a exaustão realizada por efeito “chaminé”, por meio de duas saídas situadas ao longo da secção de torrefação. Resultados preliminares mostraram que o reator é viável tecnicamente para torrefação de partículas, pellets e cavacos de madeira em diferentes tempos e temperaturas, sendo necessárias apenas algumas melhorias para a otimização do processo de torrefação. A torrefação promoveu a obtenção de material torrificado com alto rendimento energético, além de melhorias significativas nas propriedades físicas e químicas dos materiais.
Palavras-chave Torrefação, Energia, Madeira
Forma de apresentação..... Painel
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