Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7019

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação do campo e sociologia rural
Setor Departamento de Educação
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Tatiana da Rocha Vieira
Orientador WILLER ARAUJO BARBOSA
Título Entre Serras e Marias: Diálogos sobre Escolas do Campo
Resumo A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Viçosa, seu foco são duas experiências de alternância educativa relacionadas às Escolas Famílias Agrícolas. Essas escolas têm como base quatro pilares fundamentais a Associação Gestora, as Alternâncias, a formação integral e o desenvolvimento local (GARCIA-MARIRRODRIGA & CALVO, 2010). As duas escolas são situadas nos municípios de Araponga e Ervália, pertencentes à região da Zona da Mata Mineira e estão incluídas na Política Territorial sendo parte do Território Rural da Serra do Brigadeiro. Essas são parte de várias experiências educativas que encontramos na Educação do Campo no Brasil, se consolidam por meio de associações gestoras compostas de agricultores e agricultoras. A participação feminina tem sido significativa nessas experiências educativas, seja na gestão, na formação e na consolidação. Logo, se fez necessário focar nas narrativas femininas de modo a considerar as suas experiências no âmbito as EFAS (Escolas Famílias Agrícolas). O estudo tem como objetivo central compreender o processo de formação das Escolas Família Agrícolas e a importância desse fato na vida de três mulheres protagonistas que buscavam concretizar um sonho e um direito de acesso à educação em suas comunidades. A pesquisa se caracteriza como um estudo de caso, utilizando se da abordagem da história oral. Para o desenvolvimento do trabalho foi realizado um levantamento bibliográfico e imagético, o caderno de campo, a consulta documental e entrevistas-conversas. Posteriormente realizou-se sistematização e organização do material, inclusive das transcrições, em arquivos e pastas de modo a preservar a memória do material. Em seguida realizamos análises tendo como base os estudos de gênero e de história oral. As protagonistas são consideradas orientadoras, Maria Bonita, Maria da Penha e Maria Margarida, em suas narrativas pontuamos os seguintes temas: Comunidade, Relações de Poder, Formação para vida, Interrelação das EFAS. Essas temáticas nos possibilitou a compreensão do que ouvimos no trabalho de campo, que há um orgulho na gestão dessas EFAS demonstrando a apropriação por parte de sua vizinhança na sustentação dessas instituições, seja no processo pedagógico, no envolvimento comunitário, desse modo a comunidade é um alicerce dessa escola. A formação agroecológica parte da formação e diálogo da escola com comunidade, mesmo que sua repercussão ainda seja frágil, mas já se mostra significativa na dimensão regional. Nas inter-relações percebe-se que há um empoderamento das mulheres na construção e andamento dessas escolas, por outro lado ainda há forte silenciamento popular exercido pelas instâncias técnicas de gestão e de assessoria. As fragilidades aqui apresentada são parte do processo de construção dos caminhos dessas duas escolas, que tem em seu dia a dia ações comunitárias, de modo a promover e consolidar o sentimento de pertença.
Palavras-chave Educação do Campo, Alternância, História Oral
Forma de apresentação..... Painel
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