Resumo |
O presente trabalho tem por objetivo relatar as experiências com o resgate de brincadeiras populares, tradicionais e cooperativas, desenvolvidas no contexto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, PIBID, subprojeto Pedagogia/Educação do Campo. Tal projeto foi desenvolvido na Escola Municipal Dr. José Teotônio Pacheco, situada na zona rural do município de Viçosa. MG. De acordo com o dicionário etimológico, a palavra brincar tem origem latina, vem de “vinculum” que quer dizer laço, algema, sendo derivada do verbo “vincire”, que significa prender, seduzir, encantar. “Vinculum” virou brinco e originou o verbo brincar, sinônimo de divertir-se. A formação do vínculo pelo brincar é fundamental para o desenvolvimento e aprendizagem da criança e parece haver um consenso entre professores sobre a importância da criança ter espaço e tempo para brincar. Contudo, a rotina sobrecarregada de atividades escolarizantes imposta pelos educadores e a falta de espaço apropriado, torna difícil a presença do brincar no cotidiano escolar. Acaba por prevalecer entre os técnicos e educadores, a ideia desta prática apenas como um passatempo, uma atividade supérflua, menos importante no sistema escolar. Para contrapor a esta realidade e, buscando perceber como as crianças do primeiro segmento do ensino fundamental e da educação infantil reagem às atividades lúdicas, desenvolvemos, no PIBID, semanalmente, oficinas de brincadeiras populares, envolvendo música, ritmo, dança, construção de brinquedos e outras vivências lúdicas, muitas vezes articuladas aos projetos didáticos desenvolvidos pelos professores. A experiência nos mostrou que as crianças quando são deixadas livres para brincar ou quando são estimuladas para brincar pelos estudantes "pibidianos", criam vínculo e afetividades, desenvolvem a imaginação, a criatividade, vivenciam e trabalham seus sentimentos e emoções, além de construírem conhecimentos de forma prazerosa e significativa. Por outro lado, a falta da brincadeira na escola pode comprometer a formação deste vínculo, prejudicando as crianças e os processos educativos. Assim, reconhecemos a importância da brincadeira no contexto escolar, considerando os efeitos positivos no processo de crescimento e desenvolvimento saudável das crianças em todos sentidos, psicofísicos, socioafetivos e cognitivos. |