Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6993

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Thairine Mendes Pereira
Orientador SIMON LUKE ELLIOT
Outros membros Farley William Sousa Silva
Título Densidade populacional e temperatura: efeitos de fatores ambientais sobre a plasticidade fenotípica e resistência a doenças na lagarta-da-soja Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae)
Resumo A densidade e a temperatura são fatores que influenciam na transmissão de patógenos e tem efeito direto no desenvolvimento de epizootias em populações de insetos. A combinação desses fatores pode ter um efeito sinergético no sistema immune do hospedeiro, afetando suas defesas e, consequentemente, o modo como um patógeno se espalha na população hospedeira. Alguns grupos de insetos apresentam plasticidade em suas defesas contra a infecção por patógenos. Essas defesas podem ser primárias (que impedem a invasão parasita) ou secundárias (ativadas após a invasão parasita). Uma vez que parasitas tem elevado potencial no controle biológico da lagarta-da-soja Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae), é importante entender como sua imunidade é afetada por fatores ambientais. O objetivo deste trabalho foi testar se a densidade populacional combinado com mudanças de temperatura favorece defesas profiláticas em A. gemmatalis. Após a eclosão dos ovos, as lagartas foram criadas em câmaras com diferentes temperaturas (20, 24, 28 ou 32 °C) e densidade populacional (1 ou 8 lagartas por pote). As defesas imunológicas avaliadas foram: (i) resposta de encapsulação e a (ii) melanização da cápsula. A resposta de encapsulação não foi diretamente afetada pelos fatores ambientais aqui testados. A melanização da cápsula aumentou com a temperatura, independente da densidade populacional que foram criadas. Entretanto, lagartas solitárias apresentarem resposta mais evidente. A temperatura, mas não a densidade populacional, afetou o tempo da inoculação até a morte das lagartas por Anticarsia gemmatalis multiple nucleopolyhedrovirus (AgMNPV). Assim, o aumento da temperatura resultou em menor sobrevivêcia das lagartas. No entanto, a taxa de mortalidade foi baixa, uma vez que em temperaturas mais elevadas a lagarta pode escapar da infecção diminuindo seu tempo de desenvolvimento e empupando mais rapidamente. Em A. gemmatalis, a agregação dos indivíduos, associada a outros comportamentos, alteram as condições de tolerância a infecções do organismo, aumentando sua chance de sobrevivência a infecções. Nossos resultados sugerem que fatores ambientais, como temperatura, afetam significativamente as defesas de A. gemmatalis contra patógenos e o curso de doenças em suas populações. Como é uma praga importante da soja, essa lagarta pode aumentar os danos às culturas em um cenário de aquecimento global, no qual as lagartas podem se favorecer do aumento da temperatura do ambiente, se desenvolvendo mais cedo, e assim, reduzindo a susceptibilidade ao agente de controle biológico AgMNPV.
Palavras-chave AgMNPV, profilaxia dependente da densidade, plasticidade fenotípica
Forma de apresentação..... Painel
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