Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6988

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Felipe Xavier Amaro
Orientador ODILON GOMES PEREIRA
Outros membros Rosinéa Aparecida de Paula, Thiago Carvalho da Silva, Vanessa Paula da Silva
Título População microbiana e pH de silagens de cana-de-açúcar tratada com aditivos químicos e biológicos
Resumo A cana-de-açúcar é uma forrageira de alto potencial produtivo que pode ser utilizada em regiões tropicais como fonte de alimento volumoso na dieta de ruminantes, podendo ser fornecida in natura ou na forma de silagem. Inúmeros aditivos, químicos e biológicos, têm sido utilizados na ensilagem dessa gramínea com o intuito de controlar o crescimento de microorganismos deterioradores como os mofos e as leveduras, que podem causar grandes perdas no processo fermentativo gerando uma silagem de baixa qualidade. Objetivou-se com o presente estudo avaliar os efeitos do aditivo químico Safesil (SAFE; Salinity/Agro, Halmstad, Sweden), contendo benzoato de sódio, sorbato de potássio, e nitrito de sódio, sobre o pH e as populações microbianas de silagens de cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar usada na ensilagem foi colhida na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gado de Leite da Universidade Federal de Viçosa (Viçosa-MG) e triturada em máquina ensiladoura com tamanho teórico de partícula de 2 mm. O material triturado foi submetido aos tratamentos; 1) controle, 2) Lalsil cana (/Lactobacillus buchneri/ 40788, com taxa de aplicação de 1×105 ufc/g de matéria natural (MN); Lallemand do Brasil), 3) óxido de cálcio (CaO; 10g/kg MN, 4) SAFE-2 (2 L de SAFE /t MN) , 5) SAFE-3 (3 L de SAFE/t MN, 6) SAFE-5 (5 L de SAFE/t MN). O material foi ensilado por ordem de repetição em baldes de plástico com capacidade para 10 L e ensilados por 0, 3, 10, 21 e 100 dias. Após cada abertura a silagem foi removida dos baldes para homogeneização, descartando-se a porção superior, e 25 gramas de silagem foram diluidos em 225 ml de solução tampão e batidos em liquidificador indutrial por 1 minuto, logo após o pH da mistura foi aferido com auxílio de um peagâmetro. As populações de bactérias lácticas (BAL), mofos e leveduras foram subsequentemente avaliadas por plaqueamento em pour plate em meios específicos para cada uma delas. Os dados foram analisados segundo um delineamento inteiramente casualizado, com um fatorial 6×5, com cinco repetições, incluindo os efeitos fixos de aditivo (A), tempo de fermentação, (T) e a interação A×T. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey, considerando-se 5% de significância. Houve efeito de interação para todas as variaveis estudadas (P < 0,05). Silagens tratadas com CaO apresentaram maior pH dentre as demais para os todos os tempos avaliados. Silagens tratadas com SAFE-5 apresentaram menores quantidades de BAL em 100 dias de fermentação. A quantidade de mofos foi maior em silagens tratadas com CaO. Silagens tratadas com SAFE-5 apresentaram menor número de leveduras para os dias 3, 10, 21 e 100 de ensilagem. Conclui-se que a adição de 5 l de SAFE/t controla o crescimento de leveduras em todos os períodos avaliados.
Palavras-chave leveduras, mofos, bactérias lácticas
Forma de apresentação..... Painel
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