Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6987

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Saneamento e resíduos
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Fernanda Pereira da Silva
Orientador MARIA LUCIA CALIJURI
Outros membros Paula Peixoto Assemany
Título Geração de biogás a partir de biomassa algal: operação e monitoramento de um reator anaeróbio
Resumo UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Geração de biogás a partir de biomassa algal: operação e monitoramento de

um reator anaeróbio

A eficiência energética na geração de biogás através da digestão anaeróbia de

biomassa algal, depende da associação de diversos fatores, que vão desde a produção e

colheita de microalgas, bem como da escolha acertada de parâmetros de monitoramento,

acompanhamento e controle rigoroso de todas as etapas que envolvem o processo de

anaerobiose. O objetivo desse estudo, foi avaliar a operação e monitoramento de um reator

anaeróbio em escala de laboratório para a produção de biogás, através da digestão anaeróbia

de biomassa algal cultivada em lagoa de alta taxa utilizando esgoto doméstico pré-tratado

como meio de cultivo. Visou ainda, estimar a viabilidade econômica desse sistema de

produção de biogás. A eficiência de degradação da matéria orgânica e a geração de biogás

foram monitoradas ao longo de duas fases, em que procurou-se variar as condições de

operação do reator, em função da carga orgânica volumétrica (COV) aplicada, tempo de

detenção hidráulica (TDH) e vazão de alimentação (Q). O reator apresentou uma eficiência

média de remoção de DQO em torno de 50% na fase inicial (Fase A), com TDH de 15 dias,

vazão de 1L/dia e COV 0,48 kg/m 3 dia e 60% para a segunda fase (Fase B) com TDH de 43

dias, vazão de 0,35L/dia e COV 0,35 kg/m 3 dia. Houve uma melhora na qualidade do efluente

com a redução da COV aplicada, na fase B. Percebeu-se ainda, o acúmulo de sólidos ao longo

da altura do reator, demonstrando o bom funcionamento da separação trifásica e a formação

da manta de lodo na base do reator, típicos de um reator UASB. A vazão média de geração de

biogás foi de 0,49 L/d na fase A e 0,63 L/d na fase B. Esses valores estão abaixo do calculado

pelo balanço de massa teórico do reator. Dentre as prováveis causas, podemos apontar a

difícil degradabilidade da biomassa algal e ainda algumas dificuldades de operação, para

manter pH estável e COV com pouca amplitude de variação, o que em alguns momentos

dificultou o estabelecimento das bactérias metanogênicas, comprometendo assim, o

desempenho do reator. A análise de viabilidade do reator resultou em um percentual negativo

de 20%, indicando a não viabilidade econômica do processo, de acordo com os resultados

obtidos. Ressalta-se que durante o monitoramento do reator as dificuldades em manter

condições favoráveis de adaptação das bactérias metanogênicas interferiram nos resultados de

operação do reator, principalmente no baixo teor de metano do biogás gerado. Sobretudo,

salienta-se a necessidade de consolidação da tecnologia, tendo em vista, que estudos

envolvendo a produção de biogás através da digestão anaeróbia usando microalgas cultivadas

em esgoto doméstico, ainda são incipientes no país.
Palavras-chave Palavras-Chave: Microalgas, Biogás, Digestão Anaeróbia.
Forma de apresentação..... Oral
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