Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6985

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agricultura
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Mikaelison da Silva Lima
Orientador ERALDO RODRIGUES DE LIMA
Outros membros Amalia Victoria Ceballos Gonzalez, Bruna de Souza Ribas
Título Temperatura para controle da emergência de adultos de Cotesia flavipes (Cameron) (Hymenoptera: Braconidae)
Resumo A vespa parasitóide Cotesia flavipes (Hymenoptera: Braconidae) é de grande importância econômica por sua eficiência no controle biológico de lagartas broqueadoras (lepidópteros) em diversas gramíneas. O sucesso do controle biológico tem gerado um grande aumento na demanda por parasitóides, exigindo dessa forma maior otimização da criação e multiplicação destes insetos em laboratório. O sucesso na produção da C. flavipes depende de uma série de cuidados, necessários durante todo o processo de produção, desde a obtenção do hospedeiro até a liberação do agente no campo. Assim como nos demais organismos vivos, a temperatura tem função fundamental na biologia dos insetos, isso porque é um dos fatores ambientais que interferem diretamente nas atividades metabólicas dos indivíduos já que estes são homeotérmicos, ou seja, não possuem um sistema de termorregulação. Este trabalho foi realizado com o objetivo de estabelecer uma relação da temperatura com o desenvolvimento das pupas e emergência de adultos de C. flavipes provenientes da criação no laboratório. Foram selecionados 48 casulos com o mesmo tempo de desenvolvimento (mesma coloração). Os casulos contendo pupas de C. flavipes foram coletados na criação mantida no laboratório de Semioquímicos e Comportamento de Insetos da UFV, e acondicionados em placas de Petri, e em seguida em BODs com temperaturas de 15, 20, 25, 30 e 35 ± 2°C, com Umidade Relativa de 70 ± 10% e fotofase de 14 horas. A umidade relativa e as temperaturas foram mantidas até ao final do ciclo de vida dos insetos. Uma análise de variância foi utilizada para verificar se houve diferença entre os tratamentos. Nas temperaturas de 30 e 35 ± 2°C observou-se mudança de coloração no 4° e 3° dia respectivamente e a emergência foi observada após o 6º e 5º dia respectivamente. As pupas submetidas à 25 ± 2°C começaram a apresentar mudanças na coloração no 5° dia e início da emergência após o 7º dia. Aos 20 ± 2°C, apresentaram alteração na coloração aos 7 dias decorridos e emergiram no 9º dia. Todas as pupas tratadas a 15 ± 2°C só começam a apresentar mudanças na coloração a partir do 11º dia do experimento e a emergência quando passado cerca de 13 dias, apresentando um atraso de cerca de 8 dias quando comparadas ao tratamento padrão, à 28°C. Também foi observada a mortalidade precoce nas vespas mantidas à 30 e 35 ± 2°C, reduzindo de 96 para cerca de 24 horas. Portanto concluímos que o intervalo de temperatura entre 15°C e 20°C atrasa a maturação das pupas sem afetar a viabilidade dos adultos de C. flavipes. Temperaturas entre 30° e 35°C acelera a maturação das pupas e reduz o tempo de vida dos adultos. Assim as mudanças programadas de temperatura permitem uma melhor sincronização do parasitoide a ser oferecido ao hospedeiro.
Palavras-chave Broca, Parasitóide, Gramíneas
Forma de apresentação..... Painel
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