Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6960

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Fitopatologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Sarah de Souza Queiroz
Orientador CLAUDINE MARCIA CARVALHO
Outros membros Larissa Goulart Zanardo, Murilo Siqueira Alves
Título Localização subcelular da proteína Hidroxindol-O-Metiltranferase e seu envolvimento na replicação viral do CPMMV.
Resumo A cultura da soja no Brasil, a partir dos anos 2000, passou a ser afetada pela necrose da haste da soja, causada pelo Cowpea mild mottle virus (CPMMV, família Betaflexiviridae, gênero Carlavirus). O CPMMV é um vírus de RNA fita simples, senso positivo, com seis “open reading frames” (ORFs). O vírus é capaz de ocasionar uma variedade de sintomas em seu hospedeiro, que variam de brandos (mosaicos e clareamentos de nervuras) a severos (queima do broto e necrose da haste e folhas), levando a grandes perdas na produção. Para que a infecção viral seja estabelecida, os vírus primeiramente precisam replicar-se, para isso o CPMMV utiliza a proteína replicase codificada pela ORF1 e proteínas acessórias do hospedeiro ainda não descritas. A replicase viral possui quatro domínios (metiltransferase, helicase, C23 peptidase e RNA-polimerase dependente de RNA (RdRp), sendo todos essenciais para o processo de replicação. Previamente foi identificada, via triagem por duplo-híbrido em biblioteca de cDNA de soja em levedura, uma proteína de soja: Hidroxindol-O-Metiltranferase (HOM) capaz de interagir com o domínio RdRp do CPMMV. A localização da proteína do hospedeiro e do domínio RdRp é desconhecida. Assim, o objetivo deste trabalho é determinar a localização subcelular do domínio RdRp do CPMMV e da proteína Hidroxindol-O-Metiltranferase (HOM) em plantas de N. bethamiana e avaliar o seu padrão de expressão. Para isso as proteínas foram clonadas em vetor pK7FWG2 via tecnologia Gateway a partir da construção pDONR221-RdRp e pDONR221-HOM e em seguida transformadas em Agrobacterium tumefaciens GV 3101. Para a agroinfiltração foram utilizadas plantas de Nicotiana bethamiana com 40 dias de desenvolvimento e culturas de A. tumefaciens com O.D.=0,2. Após a agroinfiltração as plantas foram mantidas à 22°C por 72horas. As plantas foram então visualizadas em microscópio confocal LSM 510 META (Carl Zeiss). Adicionalmente, plantas de soja cv. cd206, em estágio VC, foram inoculadas com o CPMMV:BR:MG:02 e o nível de expressão do gene (GmHOM) responsável por codificar HOM foi determinado via PCR em tempo real após 0, 3, 7 e 14 dias da inoculação (DPI). Como gene endógeno foi utilizada a GmHelicase. As análises de microscopia de confocal demonstraram que o domínio RdRp apresenta-se como pequenos corpos pontuais localizados na membrana celular, enquanto a proteína HOM apresenta localização citoplasmática. As análises de tempo real demonstraram que em 0 DPI não ocorreu alteração nos padrões de expressão de HOM enquanto em 14 DPI ocorreu redução. Curiosamente após 3 e 7 DPI ocorreu a indução da expressão de HOM. Esses dados sugerem que HOM é importante para o processo de infecção viral, podendo realmente interagir com a RdRp, conforme previamente identificado por duplo-híbrido de leveduras, nos estágios iniciais da infecção.
Palavras-chave CPMMV, soja, replicase
Forma de apresentação..... Painel
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