Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6936

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Meio Ambiente e Conservação da Natureza
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Rodrigo Vieira de Miranda
Orientador GUSTAVO FERREIRA MARTINS
Outros membros RAUL NARCISO CARVALHO GUEDES, Wagner Faria Barbosa
Título Alterações neurológicas em Melipona quadrifasciata (Hymenoptera, Apidae) ocasionadas por doses subletais do bio-inseticida Spinosad
Resumo O declínio das populações de abelhas e outros polinizadores se tornou globalmente preocupante nos últimos 60 anos. Em parte esse declínio pode ser explicado pela CCD (sigla inglesa para collony colapse disorder - fenômeno no qual as abelhas adultas operárias desaparecem durante o forrageamento e não voltam à colônia). O caráter multifatorial do CCD inclui o uso excessivo de inseticidas e mais tarde de bio-inseticidas, substâncias compostas por moléculas orgânicas tidas como “menos danosas”. Os corpos cogumelares são regiões do cérebro responsáveis pela integração e cognição neuronal e têm se tornado o foco de muitos estudos sobre a exposição dos insetos a inseticidas. Essas estruturas estão diretamente ligadas a capacidade das abelhas de forragearem e realizarem a manutenção da colônia bem como aprenderem suas funções. No presente trabalho estudamos a ação do bio-inseticida Spinosad no cérebro da abelha sem ferrão Melipona quadrifasciata, importante polinizador da flora local. As larvas das abelhas foram criadas in vitro a partir de ovos retirados diretamente dos favos dos ninho, sendo expostas ao Spinosad via dieta contaminada em doses subletais crescentes (de 0,57 a 11424 ng i.a./abelha) por 20 dias. Após a emergência dos adultos, os gânglios cerebrais de indivíduos com idades diferentes (0, 3, 6, 9 e 12 dias) foram dissecados, fixados e incluídos em historesina para microtomia. Secções seriadas (7µm) foram coradas com azul de toluidina e fotografadas para posterior determinação do volume cerebral pelo método de Cavalieri. As estruturas foram medidas com o software Image Pro Plus®. Os nossos resultados indicaram que doses subletais desse bio-inseticida podem causar a diminuição do volume dos corpos cogumelares dos cérebros das abelhas de forma dose-dependente. Em conclusão, o impacto causado pelo Spinosad nos corpos cogumelares e no comportamento das abelhas sem ferrão M. quadrifasciata pode ser uma ameaça à integridade da colônia desses e de outros polinizadores.
Palavras-chave bio-inseticida, corpo cogumelar, abelha
Forma de apresentação..... Painel
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