Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?
17 a 22 de outubro de 2016
Trabalho 6924
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Agrárias |
| Área temática | Solos e água |
| Setor | Departamento de Solos |
| Bolsa | PIBIC/CNPq |
| Conclusão de bolsa | Sim |
| Apoio financeiro | CNPq |
| Primeiro autor | Tamirys Mariano |
| Orientador | MARCIO ROCHA FRANCELINO |
| Outros membros | CARLOS ERNESTO GONCALVES REYNAUD SCHAEFER, Nicolò Clemente |
| Título | Intemperismo de quartzitos na formação de cárste na Serra do Espinhaço Meridional, MG |
| Resumo | Paisagens cársticas nos quartzitos encontram-se em larga escala e no mundo todo, especialmente em latitudes tropicais. Esses ambientes são caracterizados por aprofundamento do relevo por dissecação, ocasionada pelo intemperismo das rochas, formando feições geomorfologicamente semelhantes às do cárste em rochas carbonáticas, desenvolvidas principalmente ao longo de fraturas e pontos de fraqueza mineralógica das rochas. A gênese do cárste em rochas siliclásticas é um tema em discussão, pois autores consideram o quartzo insolúvel, gerando conflitos na definição de cárste em rochas silicosas, pois na definição de cárste carbonático a dissolução protagoniza os processos genéticos. No caso de formas cársticas desenvolvidas por outros processos, seria empregado o termo pseudocarste. Porém há autores que apontam que embora nas rochas quartzosas haja predomínio de processos de erosão mecânica, estes são desencadeados por processos de dissolução, possibilitando a formação do cárste. O quartzito é uma rocha constituída principalmente por quartzo, mas pode possuir minerais solúveis em seu cimento intergranular, cuja dissolução pode desencadear o processo de formação do cárste por arenização, e neste sentido ter papel fundamental em sua gênese, ainda que não seja o processo predominante. Visando colaborar com a compreensão dos fatores genéticos de cavidades subterrâneas em rochas silicosas, efetuou-se um estudo de grutas em litologia quartizitica, a partir da análise de lâminas delgadas de rochas coletadas em cavidades, através da técnica de microfluorescência de raios-X (XRF) e microscopia ótica. A Serra do Espinhaço foi escolhida como área de estudo, e em específico foram utilizadas rochas coletadas na gruta da Bocaina, localizada na base do Pico do Inficionado, Serra do Caraça, Minas Gerais. As análises indicam que as zonas preferenciais de desenvolvimento das cavidades são locais das rochas com maior concentração de fraturas e com quartzitos mais heterogeneos, no caso com filitos, xisto cloritico, corpos anfiboliticos e materiais ferruginisados. Com o começo do processo de intemperismo e o esvaziamento das partes filiticas, ocorre a propagação e o alargamento lateral pouco a pouco com a degradação do quartzito. Nisso tem grande importância os ciclos de precipitação, dissolução e recristalização de ferro. Portanto as grutas do Caraça são controladas tectonicamente e também estratigraficamente. Também concluímos que de fato podemos denominar o local de cárste, pois a dissolução desempenha fator fundamental, intemperizando os matérias mais frágeis, como filossilicatos presentes no quartzito, ou pela dissolução do quartzo em meio a solução ferrosa. |
| Palavras-chave | cárste, quartzito, dissolução |
| Forma de apresentação..... | Painel |