Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6919

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Departamento de Administração e Contabilidade
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Rafael de Carvalho Picinin
Orientador SUELY DE FATIMA RAMOS SILVEIRA
Outros membros Vinicius de Souza Moreira
Título Desenvolvimento Territorial: estudo das restrições para o desenvolvimento local das microrregiões de Viçosa e Ponte Nova em Minas Gerais
Resumo O estado de Minas Gerais, assim como outras áreas do Brasil, é marcado por disparidades regionais, que se configuram em diferentes níveis de desenvolvimento, apresentando concentração de riquezas e desigualdade socioeconômica. As políticas e a gestão públicas desempenham papel importante no diagnóstico e proposição de ações para intervenção social e econômica, para minimizar disparidades e ampliar oportunidades. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho foi analisar as características socioeconômicas das microrregiões de Viçosa e Ponte Nova, em Minas Gerais, entre 2000 e 2014, visando examinar a situação vivenciada pelos 38 municípios que as compõem e realizar um levantamento das principais políticas públicas de desenvolvimento local nelas implementadas. Para tanto, realizou-se um estudo de caráter exploratório, quantitativo e descritivo. Os dados foram coletados em bases do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação João Pinheiro (FJP), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Portal da Transparência. Para analisar o desenvolvimento das microrregiões a operacionalização do trabalho se pautou em três diferentes técnicas: Análise Exploratória dos Dados, Análise de Cluster e Teste de Médias Emparelhadas. As variáveis foram agrupadas nas dimensões: renda e trabalho, educação, saúde, saneamento básico e habitação e demografia. Analiticamente optou-se pela formação de três agrupamentos (clusters) para os anos de 2000 e 2010, respectivamente, constituídos de acordo com as características e semelhanças de cada município. Os municípios foram agrupados nos clusters: (i) Baixo desenvolvimento; (ii) Médio desenvolvimento; (iii) Alto desenvolvimento. Observou-se que a maior parte dos municípios se encontrava no cluster de baixo desenvolvimento, tanto em 2000 quanto em 2010. Somente o município de Coimbra migrou para o cluster de médio desenvolvimento. A partir da análise do Teste de Médias para amostras emparelhadas os clusters 1 e 2 apresentaram mudanças estatisticamente significativas nas variáveis estudadas, levando à rejeição da hipótese de que os clusters nos períodos analisados são estatisticamente iguais. Para o Cluster 3, com nível de significância de 95%, não se rejeitou a hipótese nula, indicando que não ocorreram mudanças significativas nas variáveis deste agrupamento. Os resultados indicam um quadro de estagnação socioeconômica nas microrregiões. Considerando as políticas públicas implementadas nas microrregiões utilizou-se o valor das transferências federais aos municípios, de 2007 a 2014, para educação, saúde, assistência social, e ciência e tecnologia. Foram constatadas disparidades existentes entre os municípios, evidenciadas pelo desigual estágio de desenvolvimento apresentado pelas microrregiões. Observou-se pequena melhora nos indicadores socioeconômicos no período de análise, entretanto, a região ainda apresenta uma conjuntura estagnada e necessita ações para fomentar o desenvolvimento local.
Palavras-chave desenvolvimento regional, políticas públicas, zona da mata
Forma de apresentação..... Painel
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