Resumo |
O Brasil é o terceiro maior produtor e segundo maior exportador mundial de milho. O uso de híbridos na cultura do milho aumenta a cada safra e atualmente eles representam mais de 90% do mercado de sementes dessa cultura. Essa grande adesão aos híbridos deve-se ao fato de que estes têm proporcionado aumentos expressivos na produtividade de grãos e, consequentemente, nos ganhos em lucratividade. Porém, devido ao grande número de híbridos disponíveis no mercado, há a necessidade de avaliação para escolher aqueles que proporcionem os maiores rendimentos e retornos financeiros ao produtor. Assim, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o desempenho agronômico e a eficiência econômica de híbridos comerciais de milho recomendados para a região Sudeste de Minas Gerais. Para isso, vinte nove híbridos comerciais de milho foram avaliados para produtividade de grãos em quatro locais do sudeste de Minas Gerais: Campo Experimental Diogo Alves de Mello e Unidade Experimental da Horta Nova, Viçosa, MG; Unidade Experimental de Coimbra, Coimbra, MG; e em uma propriedade particular de São Miguel do Anta, MG. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com duas repetições. Cada parcela foi constituída de duas linhas de cinco metros de comprimento, espaçadas em 0,80 m. Após a coleta dos dados, foram realizadas as análises de variância e análises de viabilidade de uso dos híbridos em emprego de diversos indicadores econômicos. O híbrido DKB390 foi utilizado como testemunha por ser o mais utilizado pelos produtores da região. As produtividades médias de grãos variaram de 6.247 a 10.608 kg ha-1. Os resultados mostraram maior rendimento de grãos e rentabilidade econômica com o cultivo dos híbridos RB9004PRO, BRS1055, SHS7920PRO2 e BM709PRO2. Além destes, os híbridos 30A16PW, BM3063, P3862H, FEROZ Viptera e o BG7049H apresentaram potencial de uso em complemento ao DKB390. Ademais, a maior rentabilidade econômica foi obtida pelo híbrido que mais produziu grãos. Conclui-se que todos os híbridos avaliados são viáveis economicamente e os híbridos de menor e maior custo de aquisição de sementes, não são os que apresentaram maior rentabilidade econômica. |