Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6913

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Vanessa Queiroz Tavares de Oliveira
Orientador ACELINO COUTO ALFENAS
Outros membros Lúcio Mauro da Silva Guimarães, Natália Risso Fonseca
Título Podosphaera pannosa é o agente etiológico do oídio do eucalipto e da roseira
Resumo Oídios ou míldios pulverulentos, causados por fungos biotróficos pertencentes à ordem Erysiphales, são capazes de infectar em torno de 10.000 espécies hospedeiras. Condições de alta umidade relativa do ar, ausência de molhamento foliar e baixa temperatura favorecem a infecção pelo patógeno. Essas condições são facilmente encontradas em minijardins clonais cobertos, nos quais a doença pode acarretar perdas de importância econômica. Em recente trabalho demonstrou-se, por meio de análises filogenéticas das regiões ITS e 28S do rDNA, que o oídio do eucalipto é causado por Podosphaera pannosa. No Brasil, este fungo é conhecido por ser o agente etiológico do oídio da roseira (Rosa sp.). Assim, este trabalho visou confirmar se os isolados de P. pannosa coletados em roseira são capazes de infectar eucalipto e se isolados de eucalipto também infectam roseiras. Nas inoculações cruzadas dez mudas de roseira variedade Ambiance e dez mudas de Eucalyptus urophylla (clone CLR079) foram mantidas em câmaras de crescimento separadas e sem a presença do patógeno por 20 dias. Para inoculação das roseiras utilizou-se o isolado LPF 615 de P. pannosa coletado de minicepas clonais de eucalipto e mantido em mudas de eucalipto. A inoculação foi realizada com o auxílio de um pincel de cerdas macias, utilizado para espalhar conídios das folhas de eucalipto infectadas sobre as folhas sadias das roseiras. As plantas inoculadas foram cobertas, separadamente, com um saco plástico e fechado com um elástico na base dos vasos para a formação de uma câmara úmida. Após 24h, os sacos plásticos foram retirados e as plantas mantidas em câmaras de crescimento a 19 ºC com fotoperíodo de 12h e intensidade luminosa de 40 μmols-1m-2 durante 30 dias. O mesmo procedimento foi realizado para a inoculação das mudas de eucalipto, exceto que o inóculo proveio de mudas de roseira infectadas com oídio. Entre 10 a 20 dias, observaram-se sintomas de oídio nas mudas inoculadas de ambas as espécies, independentemente da origem do inóculo. A identidade do fungo de ambos os hospedeiros foi confirmada pela análise filogenética da região ITS rDNA. Os resultados encontrados neste trabalho confirmaram que o fungo (P. pannosa) causador do oídio do eucalipto é o mesmo causador do oídio da roseira.
Palavras-chave Podosphaera pannosa, Eucalyptus, Rosa sp. ITS rDNA
Forma de apresentação..... Painel
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