Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6887

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Mídia e comunicação
Setor Departamento de Letras
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Alexandra Bittencourt de Carvalho
Orientador MARIA CARMEN AIRES GOMES
Título Não Seja Julieta: uma forma de representação do corpo gordo feminino.
Resumo Um dos pontos que configura a contemporaneidade é a tônica dada aos setores da sociedade tidos como “minorias”. Dessa forma grupos marginalizados têm se organizado e suas vozes ouvidas e lidas, mesmo que em espaços próprios, longe das grandes mídias: negras e negros, os grupos LGBTTQ, as mulheres, entre outras minorias, cada vez mais lançam discursos, orais ou escritos, que problematizam suas questões. Esse é o caso das gordas que, ao resistir às representações que os grupos hegemônicos fazem delas, promovem páginas em que suas vozes possam ser lidas e, assim, configuram representações sobre o corpo gordo feminino diferente do que a grande mídia faz dele. O corpo é um objeto de estudo de diferentes áreas de conhecimento, tais como a Sociologia, Antropologia entre outros e, assim, podemos perceber que a história do corpo está ligada à história da civilização (SILVA, 2015). Dessa maneira, observar a representação do corpo gordo feminino vai além de apenas traçar características sobre este corpo, mas é também traçar características da própria sociedade.
O presente artigo tem como objetivo analisar discursiva e criticamente o texto Tess Holliday #bodypositive, do Blog Não Seja Julieta. A temática do Blog em questão é sobre o corpo gordo feminino e o empoderamento das gordas numa perspectiva feminista e o texto escolhido promove a repercussão do movimento bodypositive cuja proposta é a aceitação de qualquer corpo, inclusive o gordo, corroborando o empoderamento da mulher gorda. O texto em questão tenta definir, através de estratégias discursivas, o que é o corpo gordo em uma atitude de resistência às representações disseminadas pelas práticas midiáticas hegemônicas. Para a análise, utilizaremos o método proposto por Fairclough (2001): a descrição linguística pelo Sistema de Transitividade de Halliday (2014) e da Avaliação de White (2004); a prática discursiva pela interdiscursividade de Fairclough (2001) bem como discussões sobre o suporte Blog de Primo (2008)) e a prática social através do empoderamento de Sanderbeg (2006). Demostraremos como o blog apresenta o movimento bodypositive através do sucesso da modelo em uma estratégia de diálogo com o público-leitor, no caso as mulheres gordas, numa tentativa de aproximar o empoderamento e as mulheres gordas que ainda não aceitaram seus corpos.
Palavras-chave Análise Critica do Discurso, Corpo Gordo Feminino, Empoderamento.
Forma de apresentação..... Oral
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