Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6880

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Solos e água
Setor Departamento de Solos
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Rafael Gomes Martins
Orientador NAIRAM FELIX DE BARROS
Outros membros Alice Pita Barbosa, Bárbara Elias dos Reis , Patricia Ramalho de Barros
Título Respostas morfológicas e fisiológicas de clones de Eucalyptus submetidos à restrição hídrica em condições de campo
Resumo O crescimento do setor e a elevada demanda por produtos de origem florestal têm levado à ocupação de áreas com restrições hídricas e nutricionais, onde há redução da taxa de crescimento e da sobrevivência das árvores, principalmente de materiais genéticos mais sensíveis ao déficit hídrico. Alguns destes materiais mostram comportamentos diferenciados quando submetidos à seca, o que viabiliza o seu plantio em regiões restritivas. Diante do exposto, o trabalho objetivou caracterizar e avaliar mecanismos fisiológicos e morfológicos de materiais genéticos com comportamento diferenciado quando submetidos à seca. O trabalho foi conduzido em plantios comerciais de eucaliptos localizados na região do recôncavo norte do estado da Bahia. As árvores avaliadas tinham aproximadamente cinco anos de idade, e estavam situadas em sítios com precipitações de 1150 mm (região 1) e 500 mm (região 2). Em cada região-condição de precipitação, foram coletadas amostras de folhas dos clones 6500(Eucalyptus urophylla x E. grandis), 1404 (E. urophylla) e 1407(E.urophylla x E. camaldulensis) e 1296 (E. urophylla x grandis) considerados de alta, média, baixa e baixa tolerância à seca, as quais foram submetidas a diversas análises. Observou-se que houve diferenças entre os clones em resposta aos diferentes regimes pluviométricos. Os materiais 6500 e 1404, de alta e média tolerância, apresentaram menor área foliar específica (AFE) na precipitação de 500 mm. Os teores de cálcio, magnésio, boro e potássio entre clones em regime de déficit não diferenciaram, exceto o boro, que para o clone 1404 apresentou maiores teores nesta condição. O material que mais diferiu quanto à concentração de glicose foi o 1404, em ambas áreas, e apresentou menor concentração que os demais na condição de déficit hídrico. A concentração de frutose foi mais elevada para os clones 1404 e 1407 na região com 500 mm de precipitação, ao contrário do 6500, que apresentou redução na concentração deste açúcar. Os teores de sacarose, variou de modo significativo em todos os clones comparando as duas precipitações. O único material que respondeu de forma diferente aos demais foi o 6500, que apresentou maior teor quando cultivado sob 1150 mm, sendo que os demais clones mostraram valores superiores no regime de maior déficit. Quanto aos carotenoides, no regime mais seco, os teores não se diferiram entre clones, e em maior disponibilidade hídrica o clone 1407 apresentou maior concentração do pigmento, sendo também o único que apresentou diferença entre as regiões. Para as clorofilas a e b, não ocorreram variações entre os regimes e clones, exceto no 1150 mm, em que o 1407 apresentou maior média. Redução da composição isotópica do C foi observada com o aumento da disponibilidade hídrica, exceto para o clone 1404. A redução da área foliar, acúmulo de açúcares e rápido fechamento estomático observados no clone 6500, podem ser os mecanismos de tolerância à seca desenvolvidos por este clone.
Palavras-chave Deficit Hídrico, Resistência à seca, Metabólitos
Forma de apresentação..... Painel
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