Resumo |
O amendoim-do-campo (Pterogyne nitens Tul.) é nativa da mata atlântica, ocorrendo em diversas regiões do país. É recomendada para recuperação de áreas degradadas devido ao seu rápido crescimento, além de sua madeira ser matéria prima para fabricação de moveis finos. Devido às suas propriedades químicas e farmacológicas, tem adquirido grande importância na área de biomedicina. A espécie se propaga por meio de sementes. Diante do exposto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da temperatura na germinação das sementes. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Análises de Sementes Florestais (LASF) no Setor de Silvicultura da Universidade Federal de Viçosa (UFV). As sementes foram submetidas a tratamento para quebra de dormência tegumentar, tratadas em fungicida Captan 0,5% e submetidas aos seguintes tratamentos: 5ºC, 25ºC e 40ºC constante até o fim da germinação. Manutenção das sementes a 5 ºC e a 40 °C por 24 e 48 horas e, em seguida, transferidas para a temperatura de 25ºC, onde permaneceram até o final das avaliações. O experimento foi realizado em câmaras de germinação do tipo B.O.D, sob luz constante. Os tratamentos foram estabelecidos em delineamento inteiramente casualizado (DIC), sendo 5 repeticões de 20 sementes. As sementes mantidas na temperaturas de 5ºC não germinaram. A 40ºC apenas 9% das sementes germinaram. Na temperatura de 25ºC, considerada ótima para a espécie, ocorreu 86% de germinação. As sementes colocadas em temperaturas de 5 ºC e 40 °C e transferidas para 25 ºC após 24h e 48h alcançaram média de 80% de germinação. Na avaliação da condutividade elétrica as sementes submetidas a 5°C e a 25º obtiveram valores semelhantes. Aquelas submetidas a 40ºC constante e a 40ºC por 24h e 48h tiveram maiores valores de condutividade, emboras neste último tenha havido germinação. Com base nos resultados a temperatura de 25ºC é considerada ótima para germinação, 40ºC há maior condutividade elétrica, sendo considerada deletéria e 5 ºC reduz o processo germinativo. |